Topo

Arqueólogos descobrem evidências de chacina ocorrida há mais de 1.500 anos

Pesquisadora analisa crânio encontrado em sítio arqueológico sueco: moradores devem ter sido submetido a violência - Daniel Lindskog / Museu de Kallmar
Pesquisadora analisa crânio encontrado em sítio arqueológico sueco: moradores devem ter sido submetido a violência Imagem: Daniel Lindskog / Museu de Kallmar

Do UOL, em São Paulo

26/04/2018 04h01

Arqueólogos descobriram evidências de uma chacina ocorrida há 1.500 anos em Sandby Borg, na Suécia. Cadáveres fossilizados de 26 antigos moradores do vilarejo foram encontrados junto a joias e moedas de ouro, o que sugere que se tratava de pessoas ricas.

Os arqueólogos encontraram corpos decapitados, crânios esmagados e até uma pessoa caída no que um dia foi uma fogueira. Há corpos mutilados dentro e fora das casas, no que os cientistas interpretam como uma tentativa de fuga, e um recém-nascido com marcas de agressão. 

Os detalhamentos do achado arqueológico foram publicados na revista especializada Antiquity, da Inglaterra, na última quarta-feira (25). Os pesquisadores contaram ter chegado à sítio arqueológico graças a caçadores de tesouros, atraídos pelo itens valiosos reportados no local.

"As riquezas encontradas indicam que a fortaleza era habitada por pessoas da elite", disse Ludvig Papmehl-Dufay, um dos autores do estudo.

Moeda de ouro em sítio arqueológico - DanielLindskog/ Museu de Kalmar Lans - DanielLindskog/ Museu de Kalmar Lans
Moedas encontradas em sítio arqueológico do século 5 sugere que vilarejo atacado na Suécia era rico
Imagem: DanielLindskog/ Museu de Kalmar Lans

Ainda não se sabe quem foram os autores do massacre. No entanto, segundo os arqueólogos, a chacina ocorreu em um período turbulento, de muita migração, durante o fim do Império Romano.

Análises dos artefatos indicam que o massacre ocorreu no fim do século 5. Apesar de ter se passado muito tempo, até hoje os moradores da região têm medo do local.

"Desde que começamos a trabalhar na escavação, ouvimos várias versões de histórias dos moradores dizendo que o local deve ser evitado, pois é perigoso", relatou Papmehl-Dufay.

Até agora, apenas 9% do local foi escavado, o que faz os cientistas acreditarem que ainda há muito para ser encontrado.

(Com agências internacionais)