Cerveja mais cara: aquecimento global põe em risco produção de cevada
As mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global podem tornar a cerveja uma bebida cada vez mais cara. Essa é a conclusão de um estudo publicado nesta segunda-feira (15) pela versão online do jornal científico Nature Plants.
A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade britânica de East Anglia, da Universidade de Pequim, na China, e da Academia Chinesa de Ciências Agrárias, chegou à conclusão de que as secas severas e os extremos de calor cada vez mais frequentes reduzirão a produtividade da cevada, o componente mais importante da cerveja, a bebida alcoólica mais consumida do mundo.
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Embora estudos já tenham projetado cinco diferentes consequências do aquecimento global para a agricultura, as implicações para o fornecimento de cerveja nunca haviam sido avaliadas.
A equipe de Wei Xie, da Universidade de Pequim, decidiu fazer esse cálculo ao notar que a cevada é especialmente sensível a mudanças climáticas extremas. Os autores descobriram que a queda média na produção varia de 3% a 17%, dependendo da severidade da mudança climática.
Como consequência, a redução da produtividade da cevada refletirá na fabricação da cerveja, uma vez que as commodities (recursos minerais, vegetais ou agrícolas comercializados em bolsa de valores) consideradas essenciais serão priorizadas. O resultado será o aumento no preço da cerveja e a consequente redução de seu consumo, avalia o estudo.
Um dos países mais afetados será a Irlanda, onde os preços da cerveja poderiam aumentar entre 43% e 338% até 2099, indicam os estudiosos.
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