As minúcias do golpe e a montanha-russa com Trump
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Com a ajuda de um software israelense, a Polícia Federal recuperou arquivos eletrônicos apagados pelo tenente-coronel Mauro Cid que revelam minúcias do golpe frustrado de 8 de janeiro de 2023.
As informações resgatadas provocaram a convocação de novas testemunhas, entre elas um general kid preto (das forças especiais do Exército) e o ex-diretor da Abin (a agência de inteligência) durante o governo Bolsonaro.
O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui.
As minúcias da preparação do golpe incluíram - segundo apuramos com duas fontes ligadas à investigação - o levantamento dos nomes, das rotinas e até do armamento usado pelos responsáveis pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo trabalho foi feito em relação aos seguranças do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
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Volta triunfal de Trump põe Brasil na montanha-russa
A vitória acachapante de Donald Trump na eleição americana fará com que o republicano volte mais poderoso à Casa Branca e deixará o mundo submetido às turbulências que ele promete causar, na economia e na política.
No Brasil, a eleição de Trump renova as esperanças de uma volta por cima comparável de seu aliado Jair Bolsonaro.
A vitória acachapante de Donald Trump na eleição americana fará com que o republicano volte mais poderoso à Casa Branca e deixará o mundo submetido às turbulências que ele promete causar, na economia e na política. No Brasil, a eleição de Trump renova as esperanças de uma volta por cima comparável de seu aliado Jair Bolsonaro.
Trump promete perdoar a si mesmo pelos crimes pelos quais foi condenado (o presidente americano tem poder para isso) e anistiar quem invadiu o Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
O ato, se efetivado, abriria caminho para algo análogo no Brasil, isto é, uma anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e ao próprio ex-presidente brasileiro, hoje inelegível.
Bolsonaristas querem crer que a aliança com o presidente mais poderoso do mundo aumenta a pressão sobre a classe política e sobretudo sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Mas se Trump guia os passos de Bolsonaro, ele também oferece um manual à oposição ao bolsonarismo, que antevê nos EUA dois anos antes o que pode acontecer no Brasil.
Alguns efeitos do retorno de Trump são, contudo, imediatos.
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Coach gospel atrai desigrejados e divide bolsonarismo; governo pega brecha
Entre 2002 e 2022, o movimento evangélico trasladou-se majoritariamente do apoio eleitoral a Lula para o apoio a Jair Bolsonaro. Mas o movimento não parou por aí. A cola que aglutinou a maior parte dos líderes e eleitores evangélicos em torno de Bolsonaro a partir de 2018 dá sinais de que perdeu força. As causas são múltiplas, e as consequências também.
Pela primeira vez, iniciativas do governo petista parecem atrair igrejas evangélicas. Um exemplo é o projeto "Acredita", do Ministério de Desenvolvimento Social. Mais de 70 denominações evangélicas aderiram ao programa, principalmente no Rio de Janeiro. Elas vão intermediar linhas de crédito para pequenas e médias empresas. Era uma demanda que foi parcialmente atendida. A Igreja Católica intermedia programas sociais há décadas.
Ao mesmo tempo, líderes evangélicos que se destacavam entre os mais aguerridos bolsonaristas ganham espaço na imprensa fazendo críticas ácidas a Bolsonaro. Foram os casos de Silas Malafaia e Otoni de Paula. Otoni, que é deputado, descolou-se de fato. Malafaia, não totalmente. Mantém um pé ainda no bolsonarismo.
Por quê?
Segundo a pesquisadora Carô Evangelista, uma das grandes especialistas no tema, pastores e líderes estão sentindo a pressão da concorrência dos coachs gospel. Pablo Marçal é o mais famoso deles, mas não é nem sequer o principal. Há vários outros. Esses novos personagens têm forte apelo entre os chamados "desigrejados", ou seja, crentes, na maioria jovens, que frequentam templos de várias denominações religiosas.
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Mãe de prefeito vai ao Senado e se aposenta de cargo público 'desconhecido'
Eudócia Caldas (PL), mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), mais conhecido como JHC, aposentou-se de um cargo na Assembleia Legislativa de Alagoas às vésperas de assumir uma cadeira no Senado. Mas nem o presidente da Assembleia soube dizer qual função ela exercia na Casa.
Primeira suplente, Eudócia herdará o posto de Rodrigo Cunha (Podemos), que foi eleito vice-prefeito em outubro na chapa de JHC.
Na última quinta-feira (31), saiu no Diário Oficial sua aposentadoria "pela regra voluntária" do cargo de analista legislativo "com proventos integrais". Ela recebia —e continuará recebendo— mais de R$ 13 mil brutos por mês como salário-base da Casa.
O título de aposentadoria foi assinado pelo presidente da Assembleia, Marcelo Victor (MDB). Procurado pelo UOL, ele afirmou que não sabia "informar com precisão" o que ela fazia. "[Passou] muito tempo com as atividades fora do órgão, cedida e licenciada", respondeu.
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Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky
A Hora é o novo podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h (veja aqui onde assistir).
Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados de manhã.
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