Governo assombrado: orçamento, ministros fantasmas e popularidade estagnada
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A popularidade do presidente Lula segue estagnada em um patamar mais negativo que positivo, e a perspectiva para as próximas pesquisas é de continuidade nesse cenário.
O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui.
Para Toledo e Bilenky, o governo parece "assombrado": ministérios paralisados, orçamento represado e uma administração que envelheceu rápido demais.
"O governo está cheio de ministro fantasma", resume o colunista do UOL. "Estão lá, sentados nas cadeiras, mas não entregam nada", ressalta. Ele destaca que muitos programas, como o PAC, empacaram e devem parar de vez com o contingenciamento previsto de até R$ 40 bilhões. "O Rui Costa, por exemplo, não coordena, não entrega e não faz estratégia política — mas continua lá", afirma Toledo.
O caso do Ministério do Desenvolvimento Social é outro exemplo. Wellington Dias permanece no cargo mesmo com o inchaço de programas como o Bolsa Família e o BPC, que perderam eficácia sem gerar ganhos de imagem para o governo. "Nada indica que essa preparação para o ano eleitoral esteja funcionando", destaca Toledo.
A crítica à falta de articulação política também se estende ao presidente. "Lula está relutante em fazer política, inclusive no sentido menos nobre", aponta Toledo, referindo-se à estagnação nas nomeações para tribunais e agências reguladoras.
Ainda assim, há uma tentativa de estratégia econômica por parte da equipe de Fernando Haddad. O aperto nos gastos pode gerar superávit, o que, em 2026, ajudaria a reduzir juros e inflação, criando um ambiente mais favorável para a reeleição. "É o único carro que pode puxar essa candidatura, mas, por enquanto, ele está estacionado", opina Toledo.
Uma das apostas do governo para reverter a maré negativa está na reforma do Imposto de Renda, que prevê aumento de isenção para quem ganha até R$ 5 mil e taxação dos super-ricos. "Três bilionários pagariam o suficiente para aliviar o imposto de 91 mil pessoas. É o mínimo de justiça", comenta Toledo.
Enquanto isso, Brasília se move entre jantares discretos, eventos em Nova York e viagens à China, onde até intrigas palacianas com a primeira-dama Janja vieram à tona. No centro da Esplanada, permanece o clima de paralisia. Como define Toledo: "Se este é o ano de preparação para o próximo, é uma preparação invisível."
Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky
A Hora é o podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h. O Canal UOL está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.
Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados.
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