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Assombro na Esplanada, a sorte de Virginia e o teatro da anistia

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A popularidade do presidente Lula segue estagnada em um patamar mais negativo que positivo, e a perspectiva para as próximas pesquisas é de continuidade nesse cenário.

O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui.

Para Toledo e Bilenky, o governo parece "assombrado": ministérios paralisados, orçamento represado e uma administração que envelheceu rápido demais.

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Túnel subterrâneo liga Lina Bo Bardi a Pietro no Masp

Thais Bilenky e José Roberto de Toledo

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Imagem: PC Pereira/Masp

A capital paulista ganhou um novo símbolo de integração cultural com a conexão subterrânea entre os prédios Lina e Pietro do Masp. A recém-finalizada galeria - na prática, um túnel - liga o icônico edifício projetado por Lina Bo Bardi ao novo espaço do local, nomeado em homenagem a Pietro Maria Bardi, e marca a união simbólica e estrutural do casal que moldou a identidade do Museu de Arte de São Paulo.

"O casal está reconectado pelo subterrâneo", resume Toledo. A obra, complexa e desafiadora devido à infraestrutura oculta do subsolo paulistano, foi recentemente concluída, permitindo pela primeira vez a passagem direta entre os dois prédios. A abertura ao público está prevista para setembro.

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Além do avanço arquitetônico, o novo túnel abre espaço para repensar a mobilidade urbana na região. A rua que separa os prédios foi fechada para a construção da galeria e, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito local melhorou após o bloqueio.

Isso fortalece o pleito do Masp para tornar o fechamento definitivo, criando uma esplanada pública que una ainda mais o museu à cidade. "A cultura só ajuda o trânsito", brinca Thais Bilenky.

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Senadores querem tocar coração de Virginia, mas deixam seu bolso intacto

Thais Bilenky e José Roberto de Toledo

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Imagem: Reprodução/TV Senado
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Na tentativa de ganhar holofotes em meio à CPI das apostas esportivas, senadores convocaram a influenciadora Virginia Fonseca para prestar depoimento, transformando a audiência em um espetáculo.

Com 53 milhões de seguidores nas redes sociais e contratos publicitários com casas de apostas, Virginia compareceu de moletom e óculos, protagonizando cenas que beiram o teatral, como quando confundiu o microfone com um canudo e precisou de tradução para entender a palavra "mitigar".

A CPI, que deveria investigar crimes como lavagem de dinheiro no mercado de apostas online, acabou servindo de palco para selfies de parlamentares como Cleitinho (Republicanos-MG), que declarou: "Queria tocar seu coração, para parar de fazer propaganda desses tipos de jogos". Mas, como observou Toledo, "no bolso eles não tocam".

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Judiciário vê 'teatro da anistia' no Congresso e mantém cronograma

Thais Bilenky e José Roberto de Toledo

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Imagem: Divulgação/Câmara dos Deputados

Enquanto Câmara e Senado encenam o chamado "teatro da anistia", o Supremo Tribunal Federal mantém inalterado o cronograma que pode levar à condenação e prisão de Jair Bolsonaro entre setembro e outubro.

A expressão usada por um ministro do Tribunal Superior reflete o diagnóstico dominante no Judiciário: as movimentações de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), presidentes da Câmara e do Senado, são vistas como gestos simbólicos para suas bases bolsonaristas, sem efeito prático.

Na última semana, o STF derrubou uma tentativa da Câmara de suspender o julgamento de Alexandre Ramagem, aliado de Bolsonaro, e do núcleo central da trama golpista do 8 de janeiro. Mesmo diante da derrota unânime na Primeira Turma, Motta recorreu ao plenário da Corte — recurso com chances praticamente nulas de prosperar.

Thais Bilenky apontou que "o que a cúpula do Judiciário está vendo, na verdade, é muito mais encenação". Os projetos de anistia articulados por Alcolumbre e Motta — com base em trechos de votos de ministros como Barroso e diálogos com Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes — também enfrentam resistência de partidos como o PSD. "Tudo indica que o Supremo vai calibrando as penas por conta própria, sem depender do Congresso", acrescentou a colunista.

Dois fatores poderiam alterar o curso do processo: um pedido de vista do ministro Luiz Fux ou a hipótese de Bolsonaro buscar asilo político em uma embaixada, como já admitiu. Fora isso, a tendência é de exclusão definitiva do ex-presidente da eleição de 2026 — cenário que estimula Tarcísio de Freitas a testar um discurso nacional. Segundo Bilenky, "ele está perdendo a timidez na mesma proporção em que fica claro que a anistia não passa de teatro".

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Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky

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A Hora é o podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h. O Canal UOL está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.

Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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