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Cid disse à PF que Braga Netto tentou descobrir detalhes de sua delação

A prisão do ex-ministro Walter Braga Netto, decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e cumprida neste sábado pela Polícia Federal, foi fundamentada com base no último depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid em sua delação premiada e em provas colhidas pela PF na sala de um assessor de Braga Netto.

O tenente-coronel disse aos investigados que Braga Netto tentou descobrir detalhes do conteúdo de sua delação premiada, quando foi assinada com a Polícia Federal em setembro do ano passado. Isso poderia caracterizar, na análise dos investigadores, o crime de obstrução de Justiça.

Essa revelação já tinha uma prova concreta. A PF havia apreendido, na sala do coronel Flávio Peregrino, que é assessor de Braga Netto, um documento com informações do conteúdo da delação de Cid. Ao concluir o inquérito do plano do golpe, a PF apontou essas suspeitas de vazamento para Braga Netto.

Cid também narrou detalhes sobre a participação de Braga Netto no financiamento dos 'kids pretos', os militares das Forças Especiais que estavam monitorando os passos do ministro do STF Alexandre de Moraes, citando que o candidato a vice de Jair Bolsonaro deu dinheiro em caixas de vinhos para eles.

A defesa de Braga Netto ainda não se manifestou.

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