Associação da Abin pede à PGR apuração sobre vazamentos de inquérito da PF

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A Intelis, uma associação de servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), protocolou hoje uma notícia-crime na PGR (Procuradoria-Geral da República) pedindo a apuração de vazamentos de inquérito da Polícia Federal que apura irregularidades na gestão da agência.
Para justificar a abertura de apuração, o documento cita reportagem do UOL que revelou uma ação de espionagem feita pela Abin contra autoridades do governo do Paraguai.
A própria PF já havia instaurado inquérito sobre o assunto. A Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin), entretanto, entendeu que a apuração deveria ser de responsabilidade da PGR e, por isso, apresentou essa representação.
Em nota anterior também publicada hoje, a Intelis expressou "veemente repúdio e profunda consternação" e afirmou que os vazamentos "causaram prejuízos concretos às relações internacionais do Brasil" e "comprometeram questões de Estado que, por sua natureza, possuem grau de sigilo próprio".
Os servidores da Abin têm manifestado preocupação com a exposição de nomes dos agentes e com a repercussão dos fatos envolvendo o trabalho deles, principalmente em relação a países estrangeiros. Nos bastidores, eles afirmam que, em todos os episódios citados, atuaram sob ordens da cúpula da agência.
O diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, prestou depoimento à Polícia Federal durante cinco horas hoje sobre as suspeitas de espionagem ilegal e obstrução das investigações.
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