Diretor da Abin depõe por cinco horas à PF sobre obstrução e espionagem

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O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, prestou depoimento durante cinco horas à Polícia Federal hoje na investigação que apura desvios na agência.
A Polícia Federal pediu esclarecimentos a Corrêa sobre suspeitas de que sua gestão teria atuado para obstruir as investigações a respeito do uso ilegal de ferramentas de espionagem durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A PF também quis saber se Corrêa deu aval e tinha conhecimento de ações de espionagem executadas pela Abin contra autoridades do governo do Paraguai, informação revelada pelo UOL no dia 31 de março.
Corrêa respondeu uma longa lista de questões elaboradas pelos investigadores. O teor do depoimento está sob sigilo. Essa diligência é uma das últimas antes de a Polícia Federal concluir o inquérito. Investigadores avaliam que o diretor-geral deverá ser indiciado ao fim da investigação.
Ao longo das apurações, a PF detectou que a gestão de Corrêa determinou a formatação de notebooks e outras ações que foram vistas pelos investigadores como uma tentativa de apagar provas.
A PF também colheu hoje o depoimento do ex-diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti. Ele era o número dois de Luiz Fernando Corrêa e também foi ouvido para esclarecer os mesmos assuntos.
Os depoimentos ocorreram de forma simultânea para impedir a combinação de versões entre eles.
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