PGR pediu a prisão de Cid após saber de viagem da família ao exterior
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O pedido de prisão preventiva do tenente-coronel Mauro Cid e do ex-ministro Gilson Machado foi feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, com base em informações fornecidas pela Polícia Federal ao longo da semana.
A PF produziu relatório apontando que Gilson Machado foi ao consulado de Portugal, no Recife, no dia 12 de maio, para tentar obter a expedição de um passaporte português em nome de Mauro Cid.
Gilson Machado não teve sucesso nessa tentativa, mas a PF levantou hipótese de que ele poderia procurar outras embaixadas e consulados para conseguir a emissão do passaporte para Cid.
Em 2023, antes de ser alvo de prisão pela PF, Cid chegou a buscar um serviço de assessoria para obtenção de cidadania portuguesa, já que sua mãe possuía essa cidadania.
Nesta semana, a PF avisou a Gonet que identificou um registro de viagem internacional da família de Cid, no último dia 30 de maio, com destino aos Estados Unidos. Os pais do tenente-coronel, sua esposa e uma das filhas embarcaram com destino a Los Angeles.
A defesa de Cid afirma que eles foram lá visitar a filha mais velha do casal, que está morando nos Estados Unidos, e que não há nenhum impedimento no processo para que eles viajem ao exterior.
Com base nessa nova informação, entretanto, o procurador-geral da República enviou uma representação ao ministro Alexandre de Moraes pedindo a prisão preventiva de Cid e Gilson Machado. Gonet argumentou que existiria possibilidade de que os dois estavam atuando em um plano de fuga do país para Mauro Cid, por isso seria necessária a prisão.
Moraes, inicialmente, determinou a prisão dos dois. A Polícia Federal foi à casa de Mauro Cid, em Brasília, na manhã de hoje cumprir a ordem do ministro. Quando os agentes estavam lá, entretanto, foram informados de que Moraes havia revogado a prisão do tenente-coronel. O militar então foi intimado para prestar depoimento à Polícia Federal no final da manhã.
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