Amanda Cotrim

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Reportagem

Oferta por imóveis na Argentina cresce, mas aluguel sobe 190% em um ano

A revogação da lei de aluguéis na Argentina, promovida pelo presidente Javier Milei há um ano, resultou em ajustes trimestrais nos valores cobrados, impactando os inquilinos. Por outro lado, a oferta de imóveis no país cresceu.

O que aconteceu

Revogação da lei aumentou a oferta de imóveis. Em Buenos Aires, a oferta cresceu 180%, conforme o Observatório Estatístico do Setor Imobiliário.

Aumento dos aluguéis superou a inflação anual. De acordo com o Banco Central da Argentina, os aluguéis subiram 190% em janeiro de 2025 comparado ao mesmo mês do ano anterior. No mesmo período, a inflação geral do país ficou em 117%.

Proprietários se sentem mais seguros para alugar. Alejandro Moretti, do Observatório Estatístico do Setor Imobiliário, explicou que a revogação trouxe tranquilidade ao mercado, permitindo ajustes mais frequentes e evitando perdas com a inflação.

Inquilinos, por outro lado, enfrentam condições mais difíceis. O aluguel consome grande parte da renda dos argentinos. Segundo pesquisa da Associação Inquilinos Agrupados, quase metade da renda das pessoas que moram de aluguel é destinado ao pagamento pela moradia.

Impacto nos inquilinos

Inquilinos têm Dificuldade em planejar despesas. Gervasio Munoz, líder da Associação Inquilinos Agrupados, destacou que sem uma legislação reguladora, projetar gastos com moradia se tornou impossível para muitos argentinos.

Apesar do fim da lei, exigências rigorosas para locação permanecem. Inquilinos ainda precisam apresentar garantias como seguro-caução e depósitos em dólar.

Reportagem

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