Após escândalo da $Libra, Milei vai aos EUA em busca de linha de crédito
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O presidente da Argentina, Javier Milei, viajará aos Estados Unidos em busca de acordos comerciais e uma nova linha de crédito com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em meio a investigações sobre fraude envolvendo a criptomoeda $Libra. A Casa Rosada informou que Milei se reunirá com Kristalina Georgieva, diretora do FMI, e participará da Conservative Political Action Conference, onde também encontrará Elon Musk.
O que aconteceu
Milei busca um novo acordo de crédito com o FMI, estimado em US$ 11 bilhões (R$ 66 bilhões). O objetivo é fortalecer a economia argentina em meio à crise financeira e à investigação sobre a $Libra.
A Argentina pretende flexibilizar o Mercosul para negociar acordos comerciais com os EUA. Milei deseja reduzir tarifas e permitir que países do bloco negociem tratados de livre comércio separadamente.
O economista Mariano Treacy acredita na possibilidade de acordos comerciais setoriais entre Argentina e EUA. Esses acordos envolveriam produtos como carne, vinhos, carbonato de lítio e limões, mas não seriam tratados de livre comércio.
Em 2019, Mauricio Macri tentou acordos semelhantes com o Brasil durante o governo Trump. As negociações foram interrompidas por mudanças políticas e pela pandemia.
Milei aposta no ajuste fiscal e na redução da inflação para obter apoio do FMI. A inflação caiu para 2,2% em janeiro, o menor índice mensal dos últimos cinco anos, segundo dados elogiados pelo FMI.
Desafios enfrentados
A política de restrição ao acesso ao dólar na Argentina dificulta negociações com o FMI. Especialistas consultados pelo UOL afirmam que as restrições atuais não atendem aos critérios do organismo internacional.
O escândalo da criptomoeda pode dificultar avanços nos acordos comerciais. Apesar do alinhamento ideológico entre Milei e Trump, o contexto atual é desfavorável para negociações bem-sucedidas.