Andreza Matais

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Reportagem

Lupi não teve mais agenda de trabalho no ministério desde operação do INSS

Desde que a operação da Polícia Federal foi deflagrada, o ministro Carlos Lupi (Previdência) não teve nenhuma reunião de trabalho registrada na sua agenda oficial.

Na quarta-feira, 23/4, a PF cumpriu os primeiros mandados que atingiram a cúpula do INSS acusada de operar um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias.

A agenda de Lupi mostra o impacto que as investigações tiveram no dia a dia do ministério. A pasta está paralisada desde então.

Segundo apurou a coluna, o ministro não é alvo das investigações até o momento, mas na CGU há o entendimento de que ele prevaricou diante dos alertas sobre a explosão de descontos nos contracheques de aposentados.

O resultado das buscas e apreensões nos endereços dos alvos, contudo, ainda está sob análise pela PF e pode trazer novas informações que liguem o esquema ao ministério.

No governo também se considerou que ele perdeu a chance de demitir Alessandro Stefanutto da presidência do INSS durante a entrevista coletiva que explicou a operação da CGU/PF. Naquele momento, já havia a ordem do presidente Lula para isso, mas Lupi contrariou e ainda defendeu Stefanutto.

A saída do ministro, portanto, seria uma alternativa para estancar a crise que atinge a imagem do governo e retomar a rotina da pasta.

A última agenda do ministro foi um dia depois da operação ser deflagrada. Ela registra reunião com os ministros da Justiça, Ricardo Lewandovski, da CGU (Controladoria Geral da União), Vinícius Carvalho, e o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidonio Palmeira, também participou.

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