Investigação do esquema do INSS se aproxima do ex-ministro Carlos Lupi
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As investigações do desvio de dinheiro de aposentados do INSS se aproximaram do agora ex-ministro Carlos Lupi (Previdência). A coluna apurou que esse foi o motivo principal que levou a saída dele do cargo nesta sexta-feira.
O governo se antecipou diante de informações de que as investigações podem vir a chegar em Lupi.
A coluna apurou que os policiais também apreenderam na casa de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS afastado do cargo, elementos importantes de prova.
Fontes que participam das investigações dizem que o material apreendido com os investigados é farto e ainda há muita coisa em análise que aponta para o envolvimento de mais pessoas no esquema.
Stefanutto foi nomeado por Lupi e defendido pelo ministro no momento em que o governo anunciou seu afastamento do cargo no INSS.
Lupi contrariou uma ordem do próprio presidente Lula de demitir Stefanutto naquele momento deixando a decisão de tirá-lo do cargo para o próprio Planalto. Razão pela qual, na alta cúpula do governo, o ministro era tratado com palavras de baixo calão em conversas reservadas.
Carlos Lupi entregou o cargo hoje e será substituído pelo seu número dois na pasta, o ex-deputado Wolney Queiroz (PDT-PE). Do mesmo partido controlado por Lupi, a escolha por Queiroz significa manter uma pessoa de Lupi no ministério.
Procurado, o ministro não ligou de volta. A coluna não localizou a defesa de Stefanutto.
Em nota sobre sua saída, Lupi disse que seu "nome não é citado na investigação".
"Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador", escreveu.
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