Lupi deve ser chamado pela PF para explicar nomeações no INSS
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O ex-ministro Carlos Lupi (Previdência) deverá ser ouvido pela Polícia Federal nas investigações sobre o desvio de dinheiro dos aposentados do INSS, em relação aos nomes indicados por ele para a cúpula do órgão e que estão entre os alvos da operação que desvendou o esquema.
A operação da PF/CGU levou ao afastamento de cinco dirigentes do INSS, todos indicados pessoalmente por Lupi.
Lupi tem negado envolvimento com o esquema e afirma que não é alvo da investigação. Ele já declarou que a nomeação de Alessandro Stefanutto para a presidência do INSS se deu com base na análise de currículo. Procurado ontem, o ministro não respondeu.
Segundo uma fonte que trabalha na investigação, "quem nomeava todo mundo era o Lupi" e ele "vai ter que responder por isso".
O ministro foi forçado pelo governo a entregar o cargo na última semana. Seu número dois, o ex-deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), assumiu a pasta. Em seu Instagram, Queiroz já afirmou que é "amigo de Lupi há 30 anos" e que, no PDT, "nunca contrariou uma ordem dele".
O governo tem sustentado que Queiroz foi isolado por Lupi na pasta — uma possível resposta à predileção de Lula pelo ex-deputado para o cargo. Comandante do PDT, Lupi teria exigido ser ele o ministro.
A ordem agora é que o novo ministro substitua todos os indicados por Lupi no INSS.
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