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OPINIÃO

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Entre quem ganha salário mínimo, Lula mantém ampla vantagem: 61% a 19%

Em nova rodada de pesquisas, anúncio do pacotão eleitoral ainda não alterou números de quem ganha até 2 salários mínimos -  O Antagonista
Em nova rodada de pesquisas, anúncio do pacotão eleitoral ainda não alterou números de quem ganha até 2 salários mínimos Imagem: O Antagonista

Colunista do UOL

25/07/2022 13h21

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O anunciado pacotão eleitoral de R$ 42 bilhões, ao contrário do que se podia imaginar, ainda não fez efeito nas novas pesquisas anunciadas nesta segunda-feira.

Como o Auxílio Brasil turbinado em R$ 200 e as demais benesses só começarão a ser pagos em agosto, a FSB/BTG mostra que a diferença entre Lula e Bolsonaro até aumentou para 13 pontos percentuais (44% x 31%), com o petista subindo 3 e o presidente caindo 1 ponto percentual.

Mas é justamente na faixa de quem ganha até um salário mínimo, incluindo os beneficiários do Auxílio Brasil, que é registrada a maior diferença, chegando a 61% contra 19%

Na pesquisa do XP/Ipespe, que voltou a campo depois de 52 dias, a maior diferença a favor de Lula também é na faixa de quem ganha até dois salários mínimos: 51% a 38%. No total do eleitorado, a vantagem do ex-presidente é de apenas 9 pontos percentuais (44% a 35%). Bolsonaro só vence na faixa acima de 5 salários mínimos (46% a 38%).

As duas pesquisas apontam números iguais na espontânea (40% a 30% a favor de Lula) e também num possível segundo turno (54% a 36%).

Ciro Gomes manteve 9% nas duas pesquisas. Simone Tebet oscilou para cima na XP-Ipespe (4%) e caiu na BTG/FSB (de 4% para 2%). Os demais ficaram abaixo disso, ou não pontuaram.

O governo Bolsonaro agora corre para antecipar o pagamento dos benefícios, pois faltam menos de 70 dias para as eleições. Para isso, mais alguns bilhões serão investidos em propaganda do pacotão e na troca dos cartões, de Bolsa Família para Auxílio Brasil.

O problema é que, quanto mais demorar, menor será o valor real diante da subida da inflação dos alimentos.

Esses números só deverão oscilar no próximo mês, quando começam os pagamentos do governo, junto com a campanha oficial e os programas eleitorais de rádio e TV. Antes disso, será publicada uma nova pesquisa Datafolha nesta quinta-feira.

Vida que segue.