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Algozes na CPI da Covid, Miranda e Barros têm novo embate por Petrobras
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O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) estão protagonizando um novo embate, nesta segunda-feira (20), nos bastidores do Congresso, em meio à possibilidade da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a Petrobras.
Barros tenta enfraquecer o apoio à abertura de uma CPI da Petrobras de autoria de Miranda, depois de o governo ter incentivado a ideia, mas ter dado um passo para trás após o pedido de demissão de José Mauro Coelho da presidência da estatal.
Diferentemente de uma iniciativa governista, a proposta de Miranda inclui as ações do Executivo no rol das investigações.
Em uma mensagem enviada por Barros a lideranças governistas, a qual o UOL teve acesso, o líder do governo pede para que eles esperem a decisão da reunião desta tarde para tomar qualquer posição a favor ou não da CPI.
"A criação da CPI do preço dos combustíveis será decidida em nossa reunião de líderes hoje à tarde. O dep Luís Miranda está pedindo apoio para uma CPI da Petrobras. Peço que orientem seus liderados a aguardar a nossa reunião para depois dar apoio se for o caso", escreveu Barros aos colegas.
Conforme mostrou a coluna, no Palácio do Planalto a percepção é de que a ameaça de abertura de CPI cumpriu o seu papel e o objetivo agora seria tentar avançar outros projetos no Congresso.
No sábado, Barros foi "intimado" pelo presidente Jair Bolsonaro a manter o tema em discussão. "Conversei ontem com o líder da Câmara [deputado Ricardo Barros] para a gente abrir uma CPI segunda-feira. Vamos para dentro da Petrobras", disse Bolsonaro, antes da renuncia de Mauro Coelho.
Barros, no entanto, preferiu esperar as deliberações do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), nesta tarde. "Todas as variáveis que envolvem a redução do preço dos combustíveis serão avaliadas na reunião de líderes com o presidente Arthur Lira hoje a tarde", disse Barros ao UOL pela manhã.
Apesar de defender a discussão, o líder do governo acabou sendo surpreendido pela tentativa do deputado Luís Miranda de retomar a coleta de assinaturas de um pedido de CPI, de autoria dele, escrito no ano passado.
"Requer a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar irregularidades cometidas na definição dos preços dos combustíveis no Brasil e omissões das autoridades governamentais quanto a seu dever de coibir eventuais práticas abusivas", diz o pedido de Miranda.
Para que um deputado possa protocolar o pedido de uma abertura de CPI na Câmara, ele precisa coletar 171 assinaturas. Depois disso, cabe ao presidente da Casa aceitar ou não.
Durante a CPI da Pandemia, Miranda afirmou que o presidente Jair Bolsonaro citou o nome de Ricardo Barros como suspeito de ser o mentor por trás das supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin. O líder do governo sempre negou a acusação.
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