Topo

Carla Araújo

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Campanha de Bolsonaro ignora críticas e diz ver saldo positivo em Aparecida

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, e Tarcísio Freitas, que concorre ao governo de São Paulo, durante missa na Basílica de Aparecida - Felipe Pereira/UOL
O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, e Tarcísio Freitas, que concorre ao governo de São Paulo, durante missa na Basílica de Aparecida Imagem: Felipe Pereira/UOL

Do UOL, em Brasília

13/10/2022 19h01Atualizada em 14/10/2022 17h45

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A despeito da repercussão negativa nas redes sociais, integrantes da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) disseram avaliar que a passagem dele pela Basílica da Nossa Senhora de Aparecida foi "majoritariamente positiva".

Segundo um auxiliar da campanha, o evento rendeu boas imagens para o horário gratuito e para as redes sociais. Até mesmo a manifestação do padre Camilo Júnior, que afirmou que não era o momento de pedir de voto, mas de "pedir bênção" à santa, de acordo com esses auxiliares já "estava na conta".

À coluna, o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, que atua na campanha à reeleição, disse que avalia a passagem de Bolsonaro por Aparecida como "espetacular". "Como judeu me emocionou demais", disse, ressaltando que foi um "momento de reabastecimento de energia".

Wajngarten disse ainda que Bolsonaro não pediu votos e tentou reforçar que seria, assim como quiseram destacar no Círio de Nazaré, uma atividade de Bolsonaro como presidente da república e não como candidato.

Questionado sobre os episódios de hostilidade de apoiadores do presidente a jornalistas, Wajngarten afirmou que não tinha tomado conhecimento do ocorrido e que não há relação desses indivíduos com a campanha.

Outra fonte, porém, afirmou que já havia o receio de alguma exaltação por parte dos apoiadores do presidente. Segundo esse assessor, o que a campanha de Bolsonaro não pode permitir é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "fique confortável com a maioria dos católicos". E foi esse um dos principais objetivos de Bolsonaro ao participar do Círio e de Aparecida.

Repercussão fora da campanha é negativa

Conforme mostrou reportagem do UOL, um levantamento da Palver, empresa que analisa a interação entre as pessoas pelo aplicativo de troca de mensagens, apontou que a participação de Bolsonaro em Aparecida foi negativa em 15 mil grupos abertos de WhatsApp. Segundo o levantamento, para cada oito menções negativas, há apenas uma positiva.

Além disso, nesta quinta-feira (13), contas simpatizantes à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seguem com uma ofensiva ao atual governo nas redes sociais com a frase "católico não vota no Jair", que foi para os Trending Topics do Twitter.