Carla Araújo

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Reportagem

De olho em comissão, senador gera climão no grupo de WhatsApp

Se a sucessão nas presidências do Senado e da Câmara já está praticamente decidida, com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) como favoritos, as negociações para o comando das comissões têm gerado atrito entre parlamentares desde o ano passado.

O MDB no Senado, que conta com 11 parlamentares e é a terceira maior bancada, teve discussões que levaram o vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (PB), a sair do grupo de WhatsApp do partido.

Segundo a coluna apurou, o motivo da saída do senador teria sido um desentendimento com o colega correligionário Eduardo Braga (AM).

Ao UOL, Veneziano afirmou que saiu do grupo "sem querer" porque tem o costume de responder as mensagens que recebe no WhatsApp e depois apagar. Ele disse ainda que espera a eleição da mesa, marcada para o dia 1º de fevereiro, para que haja outras definições de cargos.

O MDB esperava ficar com o comando de três comissões, que incluía a Comissão de Infraestrutura, que, atualmente, é presidida por Confúcio Moura (MDB-RO) e seria transferida para Veneziano. Nas negociações, no entanto, foi acertado que o cargo ficará com Marcos Rogério (PL-RO) e isso gerou o mal-estar na bancada emedebista.

No tabuleiro dos colegiados, o MDB deve ficar com a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), com a presidência de Renan Calheiros (MDB-AL), e a CAS (Comissão de Assuntos Sociais), sob o comando de Marcelo Castro (MDB-PI). Veneziano deixa a vice-presidência no dia 31 de janeiro e ainda não tem um novo posto.

Peso de bancada e negociações

Os acordos para definir quais partidos ficarão com as presidências dos colegiados foram costurados em troca de voto para Alcolumbre, que deve assumir o lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nas eleições do dia 1º.

Além da Comissão de Infraestrutura, o PL, que é a segunda maior bancada da Senado, com 14 senadores, vai ocupar a vice-presidência da Casa. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deve comandar a Comissão de Segurança Pública.

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O PSD, que lidera e tem 15 senadores, ficará com o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e a primeira-secretaria, dois postos considerados de prestígio.

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