Flávio Bolsonaro pede ao TCU suspensão de contrato com ONG de marmitas
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou com representação no TCU (Tribunal de Contas da União) contra o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, por suspeitas de irregularidades em contratos em um programa da pasta que contrata uma "ONG das marmitas", que distribui refeições a vulneráveis.
Mais tarde, nesta sexta (7), o senador Rogério Marinho (PL-RN) também protocolou um pedido de investigação no TCU para esclarecer a legalidade dos repasses, a relação das ONGs com integrantes do PT e a transparência na execução dos serviços contratados.
Reportagem do jornal O Globo mostrou que organizações que atuam para o ministério não estão cumprindo os contratos, e um dos endereços nem sequer tem estrutura para produção de refeições. Depois das reportagens, o próprio ministério informou que acionou a Polícia Federal para apurar as denúncias.
Na representação, protocolada no TCU, Flávio Bolsonaro pede a suspensão do contrato com a ONG e "o imediato afastamento do ministro" durante as investigações, "uma vez que os fatos narrados são passíveis de configurar eventuais atos de improbidade administrativa".
Wellington Dias é senador licenciado e parte da bancada do PT defende que o ministro abra lugar na esplanada na reforma ministerial do presidente Lula, justamente para que ele possa defender o governo contra ações da bancada de oposição no Senado. O futuro do ministro, porém, ainda não foi decidido e nos últimos dois anos ele conseguiu se manter no cargo mesmo sob pressão de aliados.
Na ação, Flávio faz justamente a ligação da atuação do ministro com um suposto favorecimento do partido.
Há veementes indícios no sentido de que recursos públicos, no montante de mais de R$ 5 milhões, podem vir a ser empregados de forma indevida, favorecendo pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores que, supostamente, não cumprem as normas contratuais porque não entregam o número de marmitas à população em situação de vulnerabilidade e embolsam o dinheiro dos contribuintes, em flagrante ato de improbidade administrativa.
Trecho da representação de Flávio Bolsonaro protocolada no TCU
O UOL procurou o Ministério do Desenvolvimento Social, que ainda não se manifestou sobre a ação.
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