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MPF-SE denuncia 3 PRFs por morte de Genivaldo e pede fim de sigilo do caso
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O MPF (Ministério Público Federal) em Sergipe ajuizou hoje uma ação criminal contra os três policiais rodoviários federais que são acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos em 25 de maio, na BR-101 no município de Umbaúba, em Sergipe. Eles participaram da abordagem que resultou em óbito por asfixia no porta-malas da viatura.
Segundo o MPF, a denúncia foi ajuizada na 7ª Vara da Justiça Federal em Sergipe, de Umbaúba. O MPF ainda pediu que a Justiça determine o fim do sigilo imposto ao processo.
Os três policiais rodoviários federais denunciados são: William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento. Eles participaram da ação e foram indiciados pela PF (Polícia Federal) por abuso de autoridade e homicídio qualificado por asfixia e sem meios de defesa.
Entenda o caso
Genivaldo dirigia uma motocicleta na tarde de 25 de maio quando foi abordado em uma blitz na rodovia BR-101. O sobrinho Wallison de Jesus Santos contou ao UOL que os policiais deram ordem para o tio parar com a moto —o que, segundo ele, foi prontamente obedecido por Genivaldo.
Os policiais então pediram para que ele levantasse a camisa. O rapaz teria afirmado que estava com os remédios psiquiátricos no bolso e tinha a receita médica para provar os transtornos. Ao ver o início de uma truculência contra Genivaldo, Wallison deu confirmou aos policiais o que o tio havia dito.
Ao chamar reforços no microfone, os policiais começaram uma série de agressões. O homem então foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, sob fumaça intensa.
Pelas frestas da porta traseira, mantida semifechada, é possível ver fumaça escapando, enquanto se pode notar, na parte de baixo, as pernas do homem balançando em desespero, enquanto ele grita no interior da viatura.
Assim que Santos parou de se debater e gritar, os policiais colocaram suas pernas para dentro e fecharam a porta traseira da viatura, entraram no carro e deixaram o local.
Segundo o laudo final, Genivaldo ficou na parte de trás de uma viatura por 11 minutos e 27 segundos. A vítima foi submetida a "uma série de gases tóxicos" devido à detonação do gás lacrimogêneo usado pelos policiais.
Entre os gases estão o monóxido de carbono, liberado em menor quantidade, e o ácido sulfídrico, liberado em maior concentração, segundo os peritos da PF. Foi justamente o gás sulfídrico que pode ter causado convulsões e incapacidade respiratória, conforme aponta o relatório.
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