PM acha plantação de 30 mil m² de maconha em fazenda ligada ao PCC no Piauí
A Polícia Militar do Piauí localizou nesta sexta-feira (14) uma plantação de maconha em uma área de 3 hectares (30 mil m²) na zona rural do município de São João da Serra, na região norte do estado. Quatro pessoas foram presas.
Segundo a investigação, o dono da fazenda é um integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele não estava no local e não foi preso. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A fazenda tinha um sofisticado sistema de irrigação, que fazia com os pés brotassem em pleno semiárido piauiense.
Para isso, o coronel Scheiwann Lopes, comandante-geral da PM, explica que a fazenda tinha uma grande estrutura com duas caixas d'água com capacidade de armazenar cerca de 50 mil litros de água.
"Elas foram construídas de cimento, com pedestais e pilares", diz.
Além disso, a irrigação atendia as peculiaridades da terra e da criação desse tipo de planta.
"A maconha é muito complexa para ser regada, não pode ter água em excesso, nem falta d'água. Tem de ser na dosagem correta para crescer, florar e ser colhida com abundância", explica.
São pés exuberantes, uma planta muito bonita, vistosa e vimos o cuidado que eles têm com animais aqui, cachorros, sistemas de detecção de isolamento para informar a presença de alguém É um investimento muito alto, porque o retorno também é alto.
Coronel Scheiwann Lopes
O delegado Charles Pessoa, do Draco (Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), afirma que o PCC investe na plantação da droga para levantar dinheiro para arcar com outras ações.
"Essa facção já é investigada pela polícia e aqui eles tinham ferramenta de prensa, onde eles colhiam a maconha aos pés e já pensavam a droga. Daqui, ela já saía pronta para o consumo", diz.
No local ainda foi encontrada uma grande quantidade de droga já seca e prensada, além de sementes, balança e mudas.
A polícia estima que, ao final, essa plantação poderia produzir cerca de 13 toneladas de maconha.
As pessoas presas foram dois homens e duas mulheres, que são dos estados de Pernambuco e Ceará. Os nomes delas não foram revelados.
Reportagem
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