'Sangue poupa vida': PM-BA investiga post nazista feito pela corporação

A nota ainda diz que, em seus 200 anos de história, "pauta a formação de seus quadros na valorização da vida, no respeito à dignidade humana e na plena observância aos preceitos constitucionais, especialmente aqueles voltados à proteção dos direitos fundamentais e à promoção da cidadania".

Todo material institucional veiculado em nome da Corporação deve estar alinhado com os valores democráticos, éticos e legais que regem a atuação policial militar no Estado Brasileiro. Qualquer manifestação em desacordo com esses princípios não representa o pensamento institucional nem orienta os processos formativos da Polícia Militar da Bahia.
Nota da PM

O que dizia a legenda

A publicação da Academia citava ainda a história do general, contando que ele "serviu como general marechal de campo da Wehrmacht, nas forças armadas da Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial." A Wehrmacht foi responsável por inúmeros crimes de guerra e participação no Holocausto, sendo parte das forças armadas unificadas do Terceiro Reich alemão, entre 1935 e 1945.

Antes do generalato, Rommel serviu na Primeira Guerra Mundial e foi altamente condecorado, recebendo a Pour le Mérite por suas ações na Frente Italiana. No período entre guerras, escreveu livros e progrediu na carreira acadêmica e militar. É considerado um dos maiores estrategistas militares da história, tendo colecionado múltiplas histórias durante sua carreira.
Postagem apagada da Academia da PM

Após a retirada do material do ar, foi postada outro "pensamento do dia", desta vez com frase de Madre Teresa de Calcutá - declarada santa em 2016 pelo papa Francisco. A freira católica que ficou famosa por ajudar os pobres na Índia.

Quem foi o general

Erwin Rommel foi um famoso militar alemão que atuou nas primeira e segunda Guerras Mundiais. Também foi autor de livros sobre estratégias militares.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Rommel era comandante da 7ª Divisão Panzer (de tanques) do exército de Hitler e estava à frente da invasão da França, em 1940, um dos episódios mais marcantes do conflito. Após isso, ele atuou no norte da África, onde Alemanha e Itália mantinham front de batalha.

Apesar de integrar no nazismo e apoiar a ascensão de Hitler, historiadores apontam que ele tinha divergência ao caráter antissemita do regime.

Rommel morreu em 1944, ainda durante a guerra, quando foi acusado de participar da conspiração que tentou matar Hitler, que decidiu então eliminá-lo.

Por conta de sua fama, ao general foi oferecida uma saída honrosa de suicídio, com a promessa de que manteria sua reputação de grande estrategista e herói de guerra. Rommel aceitou e morreu após tomar uma cápsula de cianeto.