Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Ministros do STF se preocupam com demora na aprovação de Mendonça no Senado
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Escolhido para sentar-se em uma das onze cadeiras do STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado-geral da União, André Mendonça, tem agora uma via crucis pela frente: convencer os senadores de que é um bom nome para ocupar a mais alta Corte do país. Há parlamentares dispostos a adiar a sabatina de Mendonça, como forma de fritar ainda mais o governo Bolsonaro no Congresso Nacional. Ministros do Supremo se preocupam com essa possibilidade.
Ouvidos em caráter reservado, integrantes do STF dizem que a demora para a posse do substituto de Marco Aurélio Mello atrapalharia os trabalhos do tribunal. Isso porque haveria o risco de empates com apenas dez ministros em plenário. Nesses casos, a votação fica adiada, à espera da posse do novato. A depender do tema a ser julgado, o processo nem mesmo é pautado quando há número par de ministros em plenário, para não se correr o risco do impasse.
Há vários assuntos importantes na pauta do segundo semestre da Corte - e, portanto, seria importante que o quórum estivesse completo. No dia 12 de agosto, serão julgadas três ações penais contra o deputado André Moura (PSC-BA). Em 25 de agosto, está na pauta um processo sobre a regra para demarcação de terras indígenas.
Em 2 de setembro, o STF deve julgar se o crime de injúria racial pode prescrever com o tempo e ficar sem punição. Já em 29 de setembro, o plenário vai decidir se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve prestar depoimento presencial ou por escrito no inquérito que investiga se ele interferiu indevidamente nas atividades da Polícia Federal.
Se André Mendonça é respeitado pelos ministros do STF, o mesmo não se pode dizer da aceitação dele entre os senadores. Na contabilidade do governo, o placar pela aprovação do escolhido seria apertado. Antes de ser empossado ministro do Supremo, Mendonça precisa ser sabatinado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Depois, tem seu nome votado na comissão. Depois de passar por essa fase, ele precisa ser aprovado com maioria absoluta (41 votos favoráveis dos 81 senadores).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.