Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Eleições de 2022 terão disputa acirrada entre sertanejo e MPB
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Se o cenário político atual se estender até o ano que vem, as eleições presidenciais prometem disputa acirrada entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Decisão tomada ontem pelo STF (Supremo Tribunal Federal) abriu o caminho para outra disputa na campanha: sertanejo contra MPB.
Depois de 15 anos, o tribunal ressuscitou shows musicais e eventos culturais para apoiar campanhas - desde que o evento seja restrito apenas a apoiadores, com o objetivo de arrecadar recursos para candidaturas. Os artistas não poderão receber pagamento pela participação.
Os showmícios, no entanto, seguem proibidos - remunerados ou não. Esses eventos eram abertos ao público externo.
Com shows liberados, haverá uma linha divisória entre os dois principais candidatos. Cantores e bandas de MPB, samba e ritmos tradicionais costumam prestar apoio à esquerda - no caso, Lula. Maria Rita, Valesca Popozuda e Chico Buarque estão entre os entusiastas do petista.
No ano passado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) liberou a realização de uma live pelo cantor Caetano Veloso para arrecadar fundos para a campanha de Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata à Prefeitura de Porto Alegre. A decisão foi isolada. Na época, não foi estendida essa possibilidade a outras campanhas.
Em número de artistas apoiadores, Lula pode até levar vantagem em 2022, mas Bolsonaro tem uma poderosa arma na manga: os cantores sertanejos. O presidente tem a seu lado muitos artistas do ramo - como Zezé Di Camargo, Amado Batista, Gusttavo Lima e Sérgio Reis. Alguns sertanejos, no entanto, se recusam a declarar apoio a algum político, por medo de aborrecer o público.
O mais comum é que o público sertanejo não aprecie MPB e vice-versa. Será um espelho da disputa de Bolsonaro e Lula, em que o eleitor que gosta de um, torce o nariz para o outro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.