Carolina Brígido

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Reportagem

Lula deve nomear dois novos ministros do STJ em fevereiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a intenção de nomear dois novos ministros para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) em fevereiro, segundo interlocutores do petista. A expectativa é que isso aconteça assim que terminar o recesso do Judiciário e do Congresso Nacional, no início do mês.

Repousam na mesa do presidente desde outubro duas listas tríplices enviadas pelo STJ com candidatos à vaga. Embora as cadeiras estejam vazias há um ano, Lula não elegeu as nomeações como prioridades. Primeiro, estava focado nas eleições municipais. Depois, a guerra em torno das emendas parlamentares ganharam protagonismo na política.

De acordo com fonte próxima do presidente, existe um "empate geral" entre os concorrentes. Lula não teria batido o martelo, mas deve fazer isso em janeiro.

Segundo integrantes do Judiciário próximos de Lula, na vaga reservada para a Justiça Federal, hoje o favorito é o desembargador Carlos Brandão, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região. Ele tem apoiadores nordestinos fortes - como o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.

Na vaga reservada para o Ministério Público, o primeiro colocado na lista do STJ, Sammy Barbosa, procurador de Justiça do Acre, perdeu força. Estaria mais cotada hoje na disputa a procuradora alagoana Maria Marluce. Ela tem o apoio do sobrinho, o prefeito reeleito de Maceió, João Henrique Caldas - que, por sua vez, é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O STJ é composto de 33 ministros. Nos últimos meses, o tribunal virou alvo de uma investigação sobre um suposto esquema de venda de sentenças produzidas em pelo menos cinco gabinetes. O caso tramita no STF. O relator, ministro Cristiano Zanin, anunciou que trabalhará durante o recesso nas investigações.

Segundo pessoas próximas de Lula consultadas pela coluna, a demora para nomear novos ministros não tem relação com o caso investigado.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, Carlos Brandão é desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e não da 4ª Região. A informação foi corrigida.

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