Advogado de Bolsonaro usa "jeito safado" de ligar facada ao PT, diz Gleisi
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Por levantar a suspeita de que o Partido dos Trabalhadores teria envolvimento com a facada desferida por Adélio Bispo no então candidato do PSL a presidente, o advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, vai ter que se explicar na Justiça. Segundo Wassef contou esta manhã no programa "Aqui na Band", uma suposta testemunha teria dito que o PT está por trás do atentado e que Adélio foi pago pelo ataque.
"É um jeito muito safado de querer imputar o crime ao PT. Ele diz que não está acusando, mas relata uma acusação sem nenhum lastro com a realidade", disse à coluna a presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). "Já pedi ao doutor Eugênio Aragão para fazer uma interpelação judicial agora à tarde contra ele".
Procurado pelo UOL, Wassef confirmou o que disse na TV, mas não quis dar maiores detalhes. "Não vou antecipar estratégias. Não posso avisar à organização criminosa que mandou assassinar Jair Bolsonaro o que estou fazendo para provar para o Brasil que a verdade é essa: mandaram assassiná-lo".
Apesar de dizer que não estava fazendo acusação ao PT, o advogado disse na Band que o beneficiado com a morte de Bolsonaro seria "nosso comunista socialista" Fernando Haddad, que disputou o segundo turno contra o candidato do PSL.
A deputada petista diz que a declaração feita no programa segue a lógica política do governo. "Bolsonaro não consegue dar resposta para a crise, as mortes por coronavírus aumentam, o governo está desestabilizado, com um monte de problemas. Por isso tem que criar fatos, distribuir fake news para chamar atenção", diz ela.
Logo depois da declaração de Wassef na TV, a hashtag #QuemMandouMatarBolsonaro chegou aos trend topics do Twitter. "Isso faz parte da estratégia deles. Um ano e meio após o acontecido, levantam isso. O Moro saiu e eles tiram isso da cartola", diz Gleisi.
Apesar das suspeitas levantadas por Wassef e do pedido de mais investigações feito por Bolsonaro, nem a defesa do presidente nem o MP recorreram contra a decisão da Justiça Federal que considerou Adélio inimputável. Em julho do ano passado, a sentença transitou em julgado (ou seja, os prazos para recurso foram esgotados).
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