Fuga em vão: Weintraub terá que voltar ao Brasil se entrar no Banco Mundial
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Pouca gente entendeu o motivo da escapada cinematográfica do ex-ministro Abraham Weintraub para os Estados Unidos, na sexta-feira 19. "Ele estava fugindo de alguém?", questionou ontem aos jornalistas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ninguém sabe responder esta pergunta, mas uma coisa é certa: se estava realmente em fuga, Weintraub correu à toa.
Caso alcance o objetivo de ocupar uma das diretorias do Banco Mundial, ele terá que retornar ao Brasil. Qualquer que tenha sido a alegação usada para ingressar em território americano, sabe-se que ele não tem o visto G, apropriado para autoridades que atuam em órgãos internacionais. Para resolver esse problema, terá que voltar ao país.
A solução desse impasse ainda demora, já que o processo de aprovação ao cargo por parte dos oito países do grupo leva normalmente quatro semanas. Mas se conseguir seu intento, o ex-ministro não terá como evitar esse retorno.
Apesar de muitas críticas tanto à atuação de Weintraub à frente do Ministério da Educação quanto à forma confusa de ingresso nos Estados Unidos, dificilmente ele será rejeitado.
Otaviano Canuto, que por cinco anos ocupou o cargo que o ex-ministro almeja, explicou à coluna quais as qualidades necessárias para desempenhar um bom trabalho. "A posição requer capacidade técnica de análise de projetos e programas e habilidade diplomática", diz ele.
Na sua opinião, o objetivo de quem ocupa o posto é "obter o máximo dos interesses dos países do grupo em relação ao que querem do Banco, sem perder de vista os objetivos da instituição como um todo e buscando alavancagem para os menos de 4% de capital do Banco que representa".
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