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Chico Alves

REPORTAGEM

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Para Gleisi, economia e ideologia explicam resultado da pesquisa

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT -  Pedro Ladeira - 22.out.2018/Folhapress
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT Imagem: Pedro Ladeira - 22.out.2018/Folhapress

Colunista do UOL

11/05/2022 09h59

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A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), acredita que os números da pesquisa de intenção de votos a presidente, divulgada hoje pela Genial/Quaest, mostram que o quadro eleitoral dificilmente vai ter espaço para candidaturas alternativas a Lula e Jair Bolsonaro (PL). "Há uma consolidação de votos para ambos os lados, já há algum tempo. A maioria diz que já escolheu seu candidato", comentou ela à coluna.

"Ainda temos cinco meses de uma dura campanha, mas tem que acontecer fatos muito relevantes para fazer mudança significativa em quaisquer dos lados", avalia.

Pela pesquisa Genial/Quaest, Lula tem 46% e Bolsonaro 29% das intenções de voto. Gleisi está convicta que as opções têm a ver com "posições ideológicas, mas essencialmente de economia".

Na opinião da deputada, a melhora na avaliação do governo, mostrada no levantamento, tem motivos claros. "Além de atuar em algumas áreas, injetando recursos, eles (o governo) têm uma máquina de comunicação inigualável, que faz a disputa política, consolida apoio no eleitorado da extrema- direita e nos mais conservadores", interpreta a presidente do PT. "Os mais ricos estão com ele e não vão deixá-lo".

Ela chama atenção também para "votos da direita que eram de Moro" e continuam migrando para Bolsonaro, além do apoio dos evangélicos, setor onde houve uma "ofensiva moral".

Apesar disso, Gleisi acredita que a liderança de Lula mostra o peso que os problemas da economia do país terão na eleição. "As benesses não atingem a todos, uma grande parte da população continua sem ajuda adequada. Também continuaram os aumentos dos combustíveis e alimentos", diz.