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Chico Alves

REPORTAGEM

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Não existe justificativa para essa taxa de juros, diz Luiza Trajano

Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em SãoPaulo - Eduardo Knapp/Folhapress
Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em SãoPaulo Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Colunista do UOL

25/03/2023 12h06

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As críticas à atuação de Roberto Campos Neto e sua equipe no Banco Central vêm de variados setores da sociedade. Além do presidente Lula, do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, do presidente da Federação das indústrias de São Paulo, Josué Gomes, e até mesmo de alguns analistas do mercado financeiro, a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% é alvo de reclamações por parte do setor de varejo.

Uma das empresárias que verbaliza esse inconformismo, especialmente depois da reunião de quarta-feira (22) do Conselho de Política Monetária (Copom), que manteve inalterada a taxa selic, é Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza.

"Não existe justificativa para termos a taxa de juros mais alta do mundo em um momento em que a inflação está controlada e a economia do país precisa crescer", disse ela à coluna.

Luiza teme as consequências da manutenção da política monetária: "Essa postura só faz diminuir o crédito e inibir o consumo, o que só gera mais desemprego em todos os setores da economia".

A empresária participou na sexta-feira (24) do 11º Fórum de Varejo, em São Paulo. Em entrevista à Globonews durante o evento, ela reforçou a crítica.

"Um país como nosso vive de renda e de crédito, a renda vem do emprego e o emprego vem da venda. O crédito com 13,75% não tem cabimento, ninguém pode comprar produto a prazo", reclamou Luiza. "Se sabe que o brasileiro, a maioria dele, para poder ter o produto tem que comprar a prazo. Tem que baixar".