Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Autores da barbárie em assentamento na BA devem ser responsabilizados
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A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns - Comissão Arns vem a público manifestar seu veemente repúdio ao ataque sofrido neste domingo, 31 de outubro, por trabalhadores rurais e suas famílias, no Assentamento Fábio Henrique, na cidade de Prado, sul da Bahia.
É inaceitável que um bando de 20 homens armados invada um assentamento onde agricultores vivem e produzem de modo pacífico, com o objetivo de atentar contra a vida e a liberdade de crianças, idosos, mulheres e homens da comunidade.
Casas depredadas, ônibus incendiados, veículos alvejados por disparos, danos a instrumentos de trabalho, entre outras graves ameaças contra sua integridade física e psicológica, fizeram dos trabalhadores ali reunidos reféns da barbárie.
Diante de violência tão inominável, a Comissão Arns, fiel ao seu compromisso de defesa dos direitos humanos, cobra ação rápida do governador da Bahia, Rui Costa, para a identificação e responsabilização de mandantes e executores do crime perpetrado contra a comunidade de Fábio Henrique.
O braço da lei deve impor a ordem constitucional, coibindo o banditismo desses agentes do atraso. Como jagunços de tempos arcaicos, a associação criminosa que ali atuou visa semear conflitos e mortes pela força das armas, escondendo-se sob capuzes que cobrem a vergonha da sua covardia.
Cobramos também a manutenção do reforço policial no local dos ataques, para garantir segurança às famílias que hoje vivem sob o trauma da violência sofrida. E, por fim, mas não por último, que essas famílias possam assistir neste sábado, 6 de novembro, em clima de paz, união e concórdia, ao filme "Marighella", do diretor Wagner Moura, cuja exibição já estava prevista quando o atentado criminoso aconteceu.
Ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que organizou este assentamento, transmitimos o nosso respeito e solidariedade, assim como abraçamos as vítimas das atrocidades.
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