NY Times cria seção de obituário só para famosos mortos por covid-19
As mortes por covid-19 de personalidades das artes, da ciência, do jornalismo e da política ou que se destacaram em outras áreas de atuação já são tão numerosas nos Estados Unidos que o jornal New York Times, o maior do país, criou uma seção de obituário dedicada exclusivamente a registrá-los.
Sub a rubrica "Those we have lost to coronavírus" ("Aqueles que perdemos para o coronavírus", em inglês), a coluna já acumula, no site da publicação, dezenas de histórias de vítimas da covid-19, algumas das quais mereceram a fama após sua morte, como é o caso das baixas entre profissionais de saúde contaminados na linha de frente do combate à doença.
Entre os mortos que aparecem na seção está um herói do holocausto, Romi Cohn (91 anos), que salvou 56 famílias judias na Checoslováquia da deportação para campos de concentração nazistas.
Há cientistas ou pioneiros da medicina, como James Goodrich (73 anos), um cirurgião conhecido por separar irmãos siameses, e John Murray (92 anos), que ajudou a definir a síndrome respiratória aguda grave, causa da maioria das mortes por covid-19, inclusive a dele.
Entre os nomes há atores e atrizes, como Ken Shimura (70 anos), um comediante japonês, e Patricia Bosworth (86 anos), que atuou ao lado de Audrey Hepburn, Marlon Brando e Marilyn Monroe.
No mundo da música, as perdas são ainda mais numerosas. Morreram o guitarrista Bucky Pizzarelli (94 anos), o pianista Ellis Marsalis (85 anos), patriarca de uma família com alguns dos maiores jazzistas da atualidade, o trompetista Wallace Roney (59 anos), o cantor country Joe Diffie (61 anos) e letrista e compositor Adam Schlesinger (51 anos), conhecido principalmente por trilhas sonoras inesquecíveis para filmes e pela música tema de "The Wonders", estrelado por Tom Hanks.
Os Estados Unidos já registram até sábado (4) 276.000 casos de covid-19 e mais de 7.000 mortes pela doença.
O Brasil também já perdeu personalidades importantes das artes e da ciência para o coronavírus. Entre eles, os maestros Martinho Lutero Galati (66 anos) e Naomi Munakata (64 anos) e o engenheiro químico Sérgio Campos Trindade (79 anos), que fez parte do grupo de cientistas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz pelos estudos sobre o aquecimento global.
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