Plano contra coronavirus custará R$ 2,8 bi, alerta OMS
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Documentos internos da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que governos terão de investir mais de US$ 675 milhões (R$ 2,8 bilhões) apenas nos próximos três meses para dar uma resposta à proliferação do coronavírus.
Os dados foram apresentados pela direção da agência de saúde em uma reunião fechada com governos, em Genebra, e obtidos pela coluna.
A estimativa também aponta que, apenas na OMS, seriam necessários cerca de US$ 60 milhões para estabelecer uma operação capaz de lidar com a primeira fase do vírus.
Os valores não incluem o impacto econômico que a doença está já causando em diversos mercados, e nem em determinados setores como petróleo.
A crise obrigou a entidade em Genebra a decretar uma emergência global, na semana passada. De acordo com a OMS, porém, a iniciativa tinha como meta impedir que outros epicentros da doença pudessem surgir fora da China.
Uma especial preocupação é a situação de países mais pobres da Ásia e África, onde a capacidade de isolar, identificar e tratar casos é menor que na China. Pequim já anunciou que estaria disposta a ajudar governos que solicitem cooperação.
O valor estimado pela OMS prevê o fortalecimento de serviços de saúde e a implementação de controles em portos e aeroportos. A entidade, no documento, admite que esse é um valor inicial e que um plano mais elaborado está sendo desenhado.
Nesta semana, a entidade também prevê que 250 mil equipamentos para diagnósticos sejam enviados da Alemanha para 70 laboratórios pelo mundo. 24 deles estão na África. Na OMS, o temor é de que a chegada do vírus em grandes cidades africanas, com um fraco sistema de saúde pública, possa ter um impacto devastador.
Hoje, na China, 220 mil pessoas estão sob acompanhamento por parte do governo. Eles estiveram em contato com pessoas contaminadas ou com suspeitas de terem sido infectadas pelo vírus. Além delas, mais de 20 mil casos foram confirmados até ontem e outros 23 mil são suspeitos.
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