Com NY no foco, OMS alerta que EUA podem ser novo epicentro de pandemia
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Dados recebidos durante a noite pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o avanço da pandemia pelo planeta foram considerados como "alarmantes" pelos técnicos da entidade com sede em Genebra.
A entidade ainda está reunindo as informações consolidadas e deve publica-los pela tarde desta terça-feira. Mas, em uma conversa com jornalistas na Suíça, representantes da agência indicaram que o mundo irá registrar um "aumento significativo" em comparação ao que existia na segunda-feira.
Oficialmente, a OMS contabiliza 334 mil casos até a noite de ontem, com 14,5 mil mortes. "Mas devemos nos preparar para um salto importante, com base nos dados que recebemos ao longo da noite", indicou Margaret Harris, porta-voz da OMS.
Segundo ela, 85% de todos os novos casos estão sendo registrados na Europa e EUA. Mas rapidamente a situação americana está se deteriorando. 40% de todos os novos casos seriam americanos. "Há um enorme surto e que está aumentando", explicou.
Para a OMS, os EUA têm o potencial de se transformar no novo epicentro da pandemia no mundo "Estamos vendo uma progressão muito rápida no número de casos nos EUA", alertou Harris.
Até hoje, 35 mil pessoas nos EUA tinham sido contaminadas pelo vírus.
Dentro da OMS, uma das principais preocupações é com o destino de grandes cidades como Nova Iorque, apontava como sendo potencialmente o principal foco de transmissão dentro dos EUA.
A taxa de pessoas infectadas na cidade é cinco vezes maior que a média nos EUA. A demora em aplicar quarentenas e a densidade populacional seriam dois dos elementos que poderiam contribuir para essa proliferação.
Os dados também apontam que a cidade de Nova Iorque teria um terço de todos os casos já confirmados nos EUA. No total, 2,6 mil pessoas estão internadas na cidade e o governo apela para que os hospitais ampliem as áreas destinadas aos infectados pela doença.
Viagens
Se a preocupação com os EUA cresce na agência de saúde, a realidade é que governos pelo mundo ainda não tinham proliferado medidas de proibição de viagens ao país norte-americano, como já havia ocorrido no caso da Europa.
O governo brasileiro, por exemplo, mantém as ligações aéreas com as cidades americanas, apesar de ter limitado para as capitais europeias.
De acordo com a OMS, os números que o mundo conhece hoje da pandemia são, no fundo, uma imagem do que era a transmissão há cinco ou seis dias. Para Harris, as medidas de distanciamento social são importantes. Mas apenas uma reação "agressiva" dos governos para testar, isolar e identificar as pessoas pode controlar a pandemia.
A quarentena, para ela, é importante para "comprar tempo". Mas tais confinamentos não podem ser as únicas medidas adotadas.
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