OMS registra 294 mil novos casos da covid-19 no mundo
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que 294 mil novos casos da covid-19 foram registrados no período de 24 horas no mundo. O volume supera os 292 mil novos contaminados que tinham sido identificados no dia 31 de julho, conforme o boletim oficial da OMS daquele dia.
A publicação da coleta de dados é realizada com um atraso, por conta da necessidade de reunir as informações de mais de 190 países. A agência encerra seu levantamento às 5h de sábado, horário brasileiro. Na prática, isso significa que a informação está defasada em pelo menos um dia. Ainda assim, para a comunidade internacional, trata-se de um termômetro importante da pandemia, já que os dados são considerados como oficiais.
Pelo registro publicado pela OMS na noite deste sábado, o mundo contava com 21 milhões de casos. 11,2 milhões estão nas Américas, o epicentro da crise.
Nas 24 horas avaliadas no boletim da OMS, porém, o maior número de casos foi registrado na Índia, com 65 mil. O Brasil aparece na segunda posição, com 60 mil. Os EUA estão no terceiro lugar, com 52 mil.
Na Europa, a nova onda de contaminações também levou o continente a registrar uma importante alta. Mas o número é ainda de 29 mil em 24 horas. Mesmo assim, pelo continente europeu, dezenas de novas restrições passaram a ser impostas, inclusive com a determinação de cidades com Paris como locais de risco.
A Alemanha ainda recomendou que seus nacionais não embarquem para a Espanha, enquanto um volume enorme de britânicos tentava retornar ao seu país na sexta-feira. Londres decretou que todos os seus nacionais que estivessem na França teriam de cumprir uma quarentena de 14 dias ao retornar ao país, a partir de sábado.
O número de mortes também é elevado. Neste período, foram 9,9 mil novos casos e um total de 755 mil mortes. As Américas, uma vez mais, concentraram o maior número, com 7,7 mil no período de 24 horas avaliado. Peru, com 3,9 mil registros novos, e o Brasil, com 1,2 mil novos casos, lideram.
A progressão do vírus é um dos elementos que mais preocupa a OMS. De acordo com a entidade, o mundo precisou de três meses para atingir os 100 mil casos. Hoje, tal registro é atingido em apenas algumas horas.
O mundo também precisou de seis meses para atingir 10 milhões de casos de contaminação. Mas, nas sete semanas seguintes, bateu a marca de 20 milhões.
Mike Ryan, diretor de operações da OMS, alertou na sexta-feira que o vírus "tem um longo caminho a queimar, se deixarmos", numa referência ao impacto e disseminação que ele terá.
"Um número muito pequeno de pessoas foi contaminado. As pessoas continuam suscetíveis", disse. "Temos que fazer escolhas: aglomerações ou escolas? O desafio agora vai ser fazer as boas escolhas", alertou.
Para ele, mesmo em países com números baixos, a vigilância é necessária. "Águas calmas não significam que a tempestade acabou", completou.
Um dia antes, o Brasil havia participado da reunião da OMS sobre a situação global. Mas o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, optou por apenas dizer que o país era "um dos líderes em pacientes recuperados", sem citar nem o número de casos totais da doença no Brasil e nem o fato de o país ter superado as 100 mil mortes.
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