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Jamil Chade

CEO da AstraZeneca espera começar vacinação no Brasil em fevereiro

Funcionária no local onde são realizados os testes com potencial vacina contra Covid-19 da AstraZeneca com Universidade de Oxford na Universidade Federal de São Paulo - Reuters
Funcionária no local onde são realizados os testes com potencial vacina contra Covid-19 da AstraZeneca com Universidade de Oxford na Universidade Federal de São Paulo Imagem: Reuters

Colunista do UOL

18/12/2020 10h48

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Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca, acredita que a vacinação com seu produto no Brasil poderá começar já em fevereiro de 2021. Em resposta a uma pergunta feita pela coluna em um evento global envolvendo a OMS e multinacionais, o executivo da empresa deixou claro ainda que o processo depende da Anvisa e da Fiocruz.

"Estamos trabalhando com a Anvisa no Brasil para ter a aprovação (da vacina) o mais rapidamente possível. Submetemos nosso dossiê para cerca de 20 países, além da Europa e Reino Unido. Esperamos ter a aprovação durante o mês de janeiro", disse.

Sobre o abastecimento, a fabricação está ocorrendo pela Fiocruz. Portanto, assim que eles estejam prontos para entregar a vacina, a vacinação pode começar", disse.

"Acho que durante o primeiro trimestre de 2021 não deve haver dúvida e poderemos começar. Provavelmente em fevereiro, ou algo assim, dependendo da velocidade da Fiocruz para fabricar", afirmou o executivo.

A vacina foi desenvolvida em colaboração com a Universidade de Oxford e, no caso brasileiro, um acordo estabeleceu um compromisso de acesso de 100 milhões de doses.

Mas a vacina teve de passar por um novo teste que não estava previsto no cronograma, após a empresa admitir um erro na dosagem da vacina. O novo estudo testou uma dosagem menor da vacina nos voluntários para medir sua eficácia.

A empresa é a única que, hoje, mantém um acordo firme com o governo federal, ainda que um entendimento esteja se desenhando para um acordo com a Pfizer.

Os estudos revelaram inicialmente que a vacina tinha uma taxa de 90% de proteção quando os voluntários receberam meia dose e, depois de um mês, uma dose inteira da vacina. Porém, a eficácia caiu para 62% quando duas doses completas foram administradas.

De acordo com o executivo da empresa, uma produção de 3 bilhões de doses está sendo prevista até o final de 2021 em todo o mundo. Dois terços desse volume fabricado, segundo ele, irão para países mais pobres e emergentes.

Nesta sexta-feira, ele anunciou 170 milhões de doses para a Covax, a aliança de vacinas da OMS e que tem como objetivo garantir acesso aos países mais pobres.