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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Catar vai exigir vacinação para torcedor na Copa de 2022

Colunista do UOL

21/06/2021 05h42

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Só quem estiver vacinado contra a covid-19 poderá viajar ao Catar para acompanhar a Copa de 2022. Num anúncio feito pelo governo do país do golfo, as autoridades indicaram que a entrada de torcedores será limitada às pessoas totalmente imunizadas. Mas o governo avalia a possibilidade de ajudar países que não contam com doses suficientes para seus torcedores.

O Mundial ocorre apenas em novembro de 2022 e o Catar garante que os estádios estarão lotados, no que promete ser o primeiro evento global com a volta completa dos torcedores. A Olimpíada de Tóquio esperava ser esse "reencontro da humanidade", mas os planos tiveram de ser modificados diante da pandemia e estrangeiros não poderão viajar ao Japão, no próximo mês.

Os estádios na cidade olímpica não poderão ter mais de 10 mil pessoas e a maioria apenas poderá receber 50% de sua capacidade. Torcedores terão de usar máscaras durante as provas e não poderão abraçar.

A expectativa da OMS e de governos é de que, nos países ricos, 70% das populações estejam vacinadas no segundo semestre do ano. Em muitas economias emergentes, essa taxa poderia ser atingida nos primeiros meses de 2022 ou meados do próximo ano.

Mas para mais de 90 países pelo mundo, as projeções do calendário de vacinação são incertas. Na África, por exemplo, a vacina chegou a apenas 2% da população. Nos 40 países mais pobres do mundo, a taxa não passa de 0,5%. Mesmo na América Latina, diversos governos vivem situações de escassez profunda de doses.

A OMS quer atingir 70% da população de cada um dos países até meados de 2022. Mas, para isso, insiste que governos de economias ricas e empresas terão de fazer doações significativas.

Em entrevista aos jornais locais, o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Khalid bin Khalifa bin Abdulaziz Al Thani, indicou que existem negociações para garantir a vacinação de quem estiver em países com problemas para encontrar e comprar doses.

"Estamos atualmente negociando com uma empresa para fornecer um milhão de doses de vacinas para alguns dos que vêm ao Qatar", disse o primeiro-ministro, de acordo com a agência de notícias estatal QNA. Ele não explicou nem como essa distribuição ocorreria e nem quais vacinas seriam negociadas.

No país do golfo, doses da Pfizer-BioNTech e Moderna ja garantiram a proteção para mais de 50% da população.