Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Sob ataque, OMS mantém apoio às Olimpíadas
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A OMS (Organização Mundial da Saúde) manteve seu apoio aos Jogos Olímpicos, apesar das duras críticas que vem sofrendo e diante do aumento inédito no número de casos da covid-19 registrado no Japão nos últimos dias.
Tóquio identificou mais de 3,3 mil casos nas últimas 24 horas, depois de atingir um recorde de 3,7 mil casos na quinta-feira. Essa foi a primeira vez que a marca de 3 mil novos contaminados foi registrada na capital. No país, são mais de 10 mil novos casos por dia, levando o governo a ampliar o estado de emergência e apelar à população para que assista aos Jogos pela televisão, em suas casas.
Antes do evento, 80% dos japoneses indicaram que eram contrários aos Jogos e protestos chegaram a ocorrer.
Apesar disso, a OMS afirmou nesta sexta-feira que as autoridades locais e o COI adotaram "medidas amplas e monitoramento" para o evento, incluindo testes regulares. Para Mike Ryan, diretor de operações da agência, a Olimpíada é "parte do contexto" e "não é o motor" do avanço do surto.
Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ainda foi alvo de críticas por ter participado da abertura dos Jogos e ter feito um discurso interpretado como uma chancela ao evento. Agora, ele insiste que sua mensagem era para que o mundo "atuasse junto" para derrotar a pandemia.
Para ele, as imagens dos Jogos servirão para lembrar ao mundo no futuro sobre o que a humanidade atravessou nestes anos de 2020 e 2021. Tedros ainda citou como o evento revela a determinação do mundo em lutar contra um vírus que "sequestrou" o planeta.
"Precisamos usar o espírito de unidade da Olimpíada para acabar com a pandemia", disse. Segundo ele, sua intenção foi ainda a de usar o palco de Tóquio para alertar sobre a desigualdade no acesso à vacina, hoje concentrada nas mãos de apenas 10 países do mundo. "É errado ir para fazer esse alerta?", rebateu.
Apesar de não implicar o evento em Tóquio ao aumento de casos, Tedros admitiu que "não existe risco zero". "O COI e o Japão fizeram tudo para minimizar o risco. Fizeram o seu melhor", disse, lembrando que ele mesmo passou por "testes rigorosos" para entrar no país.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.