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Jamil Chade

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Nem Deus, nem Brasil

O presidente dos EUA Donald Trump cumprimenta o então chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, na Casa Branca - Reprodução/Twitter
O presidente dos EUA Donald Trump cumprimenta o então chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, na Casa Branca Imagem: Reprodução/Twitter

Colunista do UOL

24/09/2021 07h02

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De licença até meados de 2022, Ernesto Araújo tomou seu precioso tempo para ir às redes sociais contestar um trecho de uma matéria minha na qual eu dizia que o Itamaraty via com esperança a chegada do ministro Carlos França.

Araújo havia deixado a chancelaria em um caos, inclusive administrativo. A avaliação é feita por alguns dos principais embaixadores do país, muitos deles distantes da ala de esquerda no Itamaraty.

Diante dos comentários daquele que é conhecido por seus pares como Beato Salú e questionado inclusive por seus subordinados, segue uma breve lista de episódios e acontecimentos no Itamaraty durante seu comando.

- Levou esposa em avião oficial para Paris
- Mandou instrução direta aos postos no exterior para defender cloroquina
- Acusação de perseguição a diplomatas de pensamento distinto
- Uso do Instituto Rio Branco para promover monarquistas, olavistas e negacionistas
- Acusações de exonerações sem explicações
- Atraso de meses em remoções
- Atraso sistemático de RFs (ajuda de custo de aluguéis de diplomatas)
- RF tem sido paga atualmente baixo mandado de Segurança pedido por SindItamaraty
- Exportadores brasileiros foram prejudicados com tarifas de importação nos EUA para ajudar Trump em eleição
- Ensaiou flerte com os invasores do Capitólio
- Ao cair, pediu licença remunerada de três meses

A lista não é exaustiva. E não entraremos no capítulo política externa "brasileira". Afinal, ainda existem investigações sendo realizadas para determinar se ela de fato existiu.