Topo

Jamil Chade

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

ONU fala em "possíveis crimes de guerra" em Bucha e pede investigação

Colunista do UOL

04/04/2022 08h12

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A ONU denuncia o que pode ser considerado como crimes de guerra em Bucha, na Ucrânia. Numa declaração nesta manhã, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos fez um apelo para que os informes sobre os corpos encontrados na cidade sejam investigados.

"Estou horrorizado com as imagens de civis mortos nas ruas e em túmulos improvisados na cidade de Bucha, na Ucrânia", disse Michelle Bachelet, chefe das Nações Unidas para Direitos Humanos. As imagens se tornaram públicas depois que tropas russas deixaram a região e revelaram pelo menos 20 corpos de civis largados nas ruas da cidade.

"Relatórios que emergem desta e de outras áreas levantam questões sérias e perturbadoras sobre possíveis crimes de guerra, graves violações do direito humanitário internacional e graves violações do direito internacional dos direitos humanos", apontou.

"É essencial que todos os corpos sejam exumados e identificados para que as famílias das vítimas possam ser informadas, e as causas exatas da morte estabelecidas. Todas as medidas devem ser tomadas para preservar as provas", pediu.

Bachelet ainda insistiu que todos os esforços devem ser feitos para garantir que haja "investigações independentes e eficazes sobre o que aconteceu em Bucha para garantir a verdade, a justiça e a responsabilidade, bem como reparações e soluções para as vítimas e suas famílias".

O governo russo nega qualquer envolvimento no massacre e insiste que as imagens teriam sido fabricadas pelas potências ocidentais. Há duas semanas, Moscou argumentou o mesmo quando relatos de ataques contra hospitais foram registrados. Tanto a ONU como a OMS confirmaram que os ataques foram realizados.