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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Alemanha comemora retorno do Brasil à cena internacional e libera dinheiro

13.fev.2022 - O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier - Jens Schlueter/AFP
13.fev.2022 - O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier Imagem: Jens Schlueter/AFP

Colunista do UOL

01/01/2023 18h44

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O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, comemorou o retorno do Brasil à cena internacional e liberou dinheiro de forma imediata para a preservação ambiental no país. Neste domingo, Berlim indicou que vai disponibilizar 35 milhões de euros, num gesto simbólico de retorno da confiança no país para lidar com o desmatamento.

O fundo foi criado ainda no primeiro governo Lula, com recursos da Noruega e Alemanha. Mas, em 2019, o mecanismo foi paralisado por decisão de Jair Bolsonaro.

Agora, durante a posse de Lula para seu terceiro mandato, o governo alemão confirmou que voltará a liberar recursos, algo que a Noruega também sinalizou. "É importante para todos nós que preservemos os pulmões verdes da terra, as florestas tropicais da Amazônia", disse Steinmeier, que se reuniu com Lula no sábado.

O dinheiro externo, segundo o UOL apurou, será fundamental para que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, possa completar o volume de recursos necessários para recomeçar a construção de instituições de estado que precisam lidar com o desmatamento.

De uma forma mais ampla, o governo alemão destacou o novo papel que Lula quer desempenhar no mundo. "É bom saber que o Brasil está de volta ao palco internacional", disse Steinmeier, em Brasília. "Precisamos do Brasil. Precisamos de uma liderança política brasileira que desempenhe um papel não só na cooperação econômica, mas também na proteção do clima global", afirmou o alemão.

"Após a conversa, tenho a impressão de que podemos estar confiantes no desenvolvimento das relações comerciais entre a América do Sul e a Europa", insistiu Steinmeier.

Um dos pontos polêmicos deve ser o acordo comercial da UE com o Mercosul. Berlim indicou que Lula sinalizou que tem interesse no tratado. Mas que as condições terão de ser reavaliadas.