Trump escolhe apresentador da Fox News para ser secretário de Defesa
O exército mais poderoso do mundo terá como seu chefe um apresentador de televisão. Nesta terça-feira, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou a escolha do âncora do canal Fox News, Pete Hegseth, para ser o secretário de Defesa.
"Pete é duro, inteligente e acredita verdadeiramente no America First", disse Trump em um comunicado. "Com Pete no comando, os inimigos dos Estados Unidos estão avisados - nossas Forças Armadas serão grandes novamente, e os Estados Unidos nunca recuarão", disse o presidente eleito.
Hegseth já fez parte da Guarda Nacional do Exército e serviu no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba. A Fox News foi um dos braços da campanha de Trump na eleição.
"Com Pete no comando, os inimigos dos Estados Unidos estão avisados - nossas Forças Armadas serão grandes novamente, e os Estados Unidos nunca recuarão", disse Trump em um comunicado. "Pete será um defensor corajoso e patriótico de nossa política de 'Paz através da força'", completou.
Numa recente entrevista para um site cristão, o apresentador afirmou que acredita que "a falta de pais - de homens - em muitas famílias americanas modernas é uma catástrofe". "Os pais traçam o curso e lideram o caminho para suas famílias e filhos; um caminho que deve levar a Jesus Cristo", disse.
O anúncio vem no dia em que o Wall Street Journal revelou que Trump prepara uma lei que permitirá que ele possa demitir generais, num gesto que vem sendo avaliado como um risco de politização das Forças Armadas.
A equipe de transição do presidente eleito estaria procurando maneiras de cumprir sua promessa de eliminar os generais das forças armadas que não sejam alinhados com Trump. Isso poderia envolver uma ordem executiva que criaria um "conselho de guerreiros" para analisar a conduta dos oficiais e recomendar nomes para demissão.
O conselho, que seria composto por oficiais militares seniores aposentados, teria o poder de recomendar a demissão de qualquer general de três ou quatro estrelas que fosse considerado "carente das qualidades de liderança necessárias", diz uma minuta da ordem executiva obtida pelo WSJ.
Analistas acreditam que, depois da invasão do Capitólio em 2021, a ala mais radical da extrema direita culpou os militares por não terem saído ao apoio de Trump.
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