Jamil Chade

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Aliado do bolsonarismo, Bannon admite culpa em fraude milionária nos EUA

Um dos principais aliados do bolsonarismo nos EUA, Steve Bannon, se declarou culpado de uma acusação de que fez parte de um esquema para fraudar doadores. A meta da campanha era, supostamente, arrecadar dinheiro para construir um muro entre os EUA e o México.

Bannon, ex-assessor de Donald Trump e figura central da extrema direita americana, não cumprirá pena de prisão. A confissão feita num tribunal de Nova York, nesta terça-feira, permitiu que ele pudesse deixar a audiência sem uma sentença em regime fechado.

Por três anos, porém, ele fica proibido de atuar como diretor de organizações sem fins lucrativos em Nova York ou arrecadar dinheiro para instituições de caridade. Ele também foi proibido de usar os dados dos doadores resultantes do esquema.

A questão eclodiu ainda no primeiro governo de Trump. Em 2022, ele foi acusado no esquema que arrecadou milhões para uma iniciativa privada de construção de um muro. No total, a fraude chegou a US$ 15 milhões.

Bannon foi acusado de lavagem de dinheiro, conspiração e de criar um esquema para fraudar.

Em 2020, ele já havia sido indiciado por acusações federais em um caso semelhante. Mas Bannon foi perdoado por Trump, ainda durante o primeiro mandato.

Em 2024, Bannon ainda cumpriu quatro meses em uma prisão federal por desacato ao Congresso e por se recusar a cumprir uma intimação para comparecer perante o comitê da Câmara que investigava o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA.

Ao sair da prisão, ele organizou uma coletiva de imprensa para insistir que "a eleição de 2020 foi roubada".

Se apresentando como "um prisioneiro político", Bannon ainda chamou o governo de Joe Biden de "regime" e, de maneira vulgar, mandou as autoridades que o prenderam a "chupar".

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A coletiva de imprensa teve de ser interrompida quando uma pessoa se levantou para fazer uma pergunta e questionou "quando seria a próxima insurreição", numa alusão ao papel de Bannon na invasão do Capitólio. Ele foi retirado do local.

Durante a posse de Trump, em janeiro, Bannon chegou a sugerir que Eduardo Bolsonaro poderia ser um dia presidente do Brasil.

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