UE propõe negociação com Trump; embaixada do Brasil buscará Casa Branca

Ler resumo da notícia
A União Europeia anunciou que entrou em contato com o governo de Donald Trump e que quer negociar uma saída para a crise de tarifas. O objetivo é o de evitar uma guerra comercial entre dois parceiros cujo fluxo comercial é de mais de US$ 1,3 trilhão. Enquanto isso, fontes em Brasília confirmaram ao UOL que a embaixada do Brasil em Washington também trabalha para buscar a Casa Branca para estabelecer um diálogo.
Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos anunciou a adoção de tarifas de 25% contra o aço de todo o mundo, mas deu o prazo de um mês para a entrada em vigor das taxas. Parceiros comerciais interpretaram o prazo como uma sinalização de que Trump estaria disposto a negociar. A opção do Brasil, por enquanto, foi por abandonar qualquer ideia de retaliação imediata.
Nesta quarta-feira (12), a UE indicou que o comissário de comércio do bloco, Maros Sefcovic, já conversou com o futuro secretário, Howard Lutnick, e com o representante dos EUA. Jamieson Greer.
O telefonema foi primeiro revelado pelo site Politico. Diplomatas europeus confirmaram ao UOL que as conversas "foram iniciadas".
"A cooperação é nossa opção preferida. Portanto, continuamos comprometidos com um diálogo construtivo e com a busca de soluções negociadas, ao mesmo tempo em que protegemos os interesses da UE - da mesma forma que os EUA estão protegendo os seus", disse a UE. Segundo o bloco, os dois lados "concordaram em se reunir em breve".
A sinalização de uma negociação ocorre um dia depois de a UE alertar que, se for alvo de taxas ilegais, responderá com retaliações contra produtos norte-americanos.
A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, também se reuniu com o vice-presidente J.D. Vance na terça-feira (11).
"Lamento profundamente a decisão dos EUA de impor tarifas sobre as exportações europeias de aço e alumínio", disse a presidente do bloco. "Tarifas são impostos - ruins para as empresas e piores para os consumidores."
Tarifas injustificadas sobre a UE não ficarão sem resposta - elas desencadearão contramedidas firmes e proporcionais. A UE agirá para proteger seus interesses econômicos. Protegeremos nossos trabalhadores, empresas e consumidores
Ursula von der Leyen
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.