Deputado expulso, cartazes e boicote: Trump é alvo de protesto no Congresso
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O discurso do presidente Donald Trump ao Congresso foi marcado por protestos por parte dos deputados e senadores democratas. Assim que o republicano entrou, uma das parlamentares, Melanie Stansbury, segurava um cartaz que dizia: "Isso não é normal".
O chefe da Casa Branca usou o palco para reafirmar sua agenda radical, sem qualquer sinalização de uma pacificação do país e chamou a ala progressista de "lunáticos".
A sessão se transformou num espelho da crise profunda que atravessa o país, assim como em mais um capítulo do mal-estar diante das acusações contra o novo governo de promover um desmonte da democracia, das instituições e do estado de direito.
Instantes depois de Trump iniciar seu discurso, um dos deputados do Texas, Al Green, se recusou a se sentar e denunciava que o presidente "não tem o mandato" de tomar as medidas que está adotando. Ele foi obrigado a se retirar da sala, escoltado por policiais que eram aplaudidos pelos republicanos.

O discurso seria interrompido pela segunda vez, com a saída do deputado Maxwell Frost, que vestia uma camisa com a mensagem "Nenhum rei vive aqui".
Outros parlamentares optaram por boicotar o evento, entre eles Gerry Connolly da Virginia, Don Beyer, Kweisi Mfume e Alexandria Ocasio-Cortez.
Na sala, quem ficou levantou placas contra Elon Musk, alertas contra "mentiras" que Trump estaria falando e denunciando o desmonte do estado.

"Ele está mentindo", dizia um dos cartazes empunhado pelos democratas. Ao longo do discurso, gritos indignados eram ouvidos pelo salão. "Falso", alertavam os deputados de oposição.
Enquanto Trump elogiava o homem mais rico do mundo, placas eram levantadas no local dizendo: "Musk rouba".
Outra forma de protesto foi usar roupas de cor rosa. Teresa Fernandez, deputada democrata do Novo México, explicou que a decisão tinha como motivo "protesto contra policias de Trump que impactam negativamente mulheres e famílias".
Nas lapelas de muitos dos democratas, bandeiras da Ucrânia foram colocadas, como forma de protestar contra a aproximação de Trump ao presidente russo Vladimir Putin.

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