Pressionado, Trump diz que taxas à China não voltarão ao nível mais alto
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Pressionado por números econômicos negativos e por empresários, o presidente dos EUA Donald Trump comemorou o acordo comercial com a China, ainda que seja apenas provisório. Numa coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o republicano afirmou que o ponto central da negociação foi convencer Pequim a se "abrir aos produtos americanos".
"Será um recomeço na relação", disse. "Ambos os lados concordaram em reduzir as tarifas", afirmou. No final de semana, China e EUA fecharam um entendimento para começar uma negociação e, durante 90 dias, as taxas mútuas criadas pelos dois países nas últimas semanas serão reduzidas.
A guerra tarifária aberta por Trump levou o PIB a uma contração e gerou alertas por parte do Federal Reserve Bank sobre uma eventual recessão.
Questionado se um fracasso nas negociações conduziria os EUA a elevar de novo as tarifas para os níveis de 145%, Trump destacou: "serão substanciais, mas não mais nesse nível".
Segundo ele, as tarifas atuais "basicamente impedem o comércio".
Trump explicou que, mesmo assim, os EUA vão manter as tarifas contra carros, aço e produtos farmacêuticos. As taxas de 20% sobre a China por conta da entrada do fentanyl também serão mantidas. Mesmo assim, o americano destaca que o acordo mostra que "a relação é muito boa". "Vou falar com o presidente Xi Jinping no final da semana", disse.
Trump lembrou como, em seu primeiro mandato, um acordo entre os dois países estava prestes a ser fechado. "Mas os chineses cancelaram no último dia", lamentou. Agora, insiste que o entendimento representa a retomada daquele processo. "A China aceitou se abrir aos EUA", disse.
Trump admite que isso vai "levar um tempo". "Agora terá de ser colocado no papel. Mas eles aceitaram", insistiu. "Nós abrimos nosso país a eles. Mas eles não. E agora concordaram abrir a China. Será fantástico para ambos", disse, destacando o suposto fim das barreiras não monetárias.
Trump tentou desmontar a ideia de que as tarifas estariam tendo um custo maior para a China que aos EUA. "Não queremos fazer dano à China. As fábricas estavam fechando", disse o americano, sem mostrar provas.
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