Jamil Chade

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Após reunião, Ciro Nogueira diz que Eduardo Bolsonaro voltará ao Brasil

O senador Ciro Nogueira afirmou em Nova York nesta terça-feira que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro irá voltar ao Brasil. O senador, no entanto, não disse quando isso aconteceria.

"Conversei com ele", disse Nogueira. "Ele vai voltar." Os dois estiveram juntos na cidade americana no último fim de semana.

Nogueira considera que, se Eduardo for se candidatar, ele precisa estar presente. "Ele precisar estar lá", afirmou, indicando que isso vale para qualquer candidatura que ele optar.

Citou como possibilidades tanto o Senado como a Presidência. Mas, instantes depois, insistiu que só existe um candidato em 2026 para o Planalto: Jair Bolsonaro.

O senador participa, nesta semana, de encontros em Nova York com investidores. Nesta terça-feira, ele defendeu a "pacificação" no Brasil em um discurso num seminário organizado pela entidade Lide, liderada por João Doria. Na audiência estava o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Eduardo deixou o Brasil no começo do ano, citando um suporto risco de ser preso. Nos EUA, se estabeleceu com a família e passou a mobilizar a base do governo de Donald Trump para tentar pressionar as autoridades do STF e do próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Eduardo chancela críticas ao Brasil

Nas redes sociais, o deputado licenciado chancelou as críticas feitas por um enviado do governo de Donald Trump contra o Brasil, Maurício Carone. Na noite de segunda-feira, o funcionário da Casa Branca disse a empresários e investidores que o Brasil enfrenta "corrupção, crime e câmbio". Os comentários geraram mal-estar entre os convidados.

Eduardo Bolsonaro, porém, teve outra atitude. "Sem Lula, todos os três indicadores melhoram ABSURDAMENTE!", disse.

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Antes mesmo de anunciar sua mudança aos EUA, Eduardo Bolsonaro foi alvo de questionamentos. Em fevereiro, o Partido dos Trabalhadores entrou com um requerimento no Conselho de Ética do Câmara dos Deputados denunciando o então deputado federal Eduardo Bolsonaro por quebra o decoro parlamentar por conspirar contra o governo e o Judiciário brasileiro junto a parlamentares dos Estados Unidos.

A iniciativa era uma reação às missões do filho do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro que, em apenas um mês, tinha viajado três vezes para os EUA para reuniões e encontros com a ala mais radical do governo de Donald Trump.

O objetivo era o de convencer as autoridades americanas a agir contra o STF e contra decisões adotadas no Brasil contra empresas dos EUA.

No requerimento, o PT pede que "sejam adotadas todas as providências legais e regimentais pertinentes à relevância do caso".

A acusação é de quebra de decoro parlamentar, "puníveis com a perda do mandato".

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