Conselho de Segurança da ONU fará reunião de emergência após pedido do Irã

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O governo do Irã pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, depois de ser alvo de ataques por parte do governo dos EUA em suas instalações nucleares. O encontro ocorrerá neste domingo, em Nova York, e promete ser um palco de acusações entre os principais envolvidos na escalada militar no Oriente Médio.
Na semana passada, duas reuniões realizadas também por conta da operação militar de Israel contra iranianos revelaram um racha na comunidade internacional. Rússia e China denunciaram as violações cometidas contra a soberania iraniana, enquanto o governo dos EUA saiu em apoio aos atos de Benjamin Netanyahu.
Agora, numa carta enviada ao órgão máximo da entidade e obtida pelo UOL, o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, criticou a ofensiva militar americana.
"A República Islâmica do Irã condena e denuncia nos termos mais fortes possíveis esses atos de agressão não provocados e premeditados", escreveu Iravani.
"Sem dúvida, a agressão militar dos Estados Unidos contra a soberania e a integridade territorial constitui uma violação manifesta e flagrante do direito internacional e das normas internacionais peremptórias consagradas na Carta das Nações Unidas", disse o diplomata.
Na carta, ele pediu ao Conselho de Segurança da ONU que convoque uma reunião de emergência imediata sobre as chamadas "ações selvagens e criminosas" dos EUA.
"A República Islâmica do Irã solicita urgentemente que o Conselho de Segurança convoque uma reunião de emergência sem demora para tratar desse ato flagrante e ilegal de agressão, para condená-lo nos termos mais veementes possíveis e para tomar todas as medidas necessárias, de acordo com suas responsabilidades estabelecidas na Carta, para que o autor de tais crimes hediondos seja totalmente responsabilizado e não fique impune", escreveu Iravani.
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