Weintraub roça perfeição: tornou o erro mais errado
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Quando a oportunidade bate à porta, a pessoa pode reclamar do barulho ou aproveitar a ocasião. Chamado a explicar no Senado os problemas ocorridos no Enem, o ministro Abraham Weintraub teve a chance de se reposicionar em cena. Preferiu dobrar o ruído.
Weintraub voltou a minimizar o problema. Chamou de "susto" as falhas que comprometeram a credibilidade do sistema de correção, infernizando a rotina de 6 mil estudantes prejudicados diretamente e de 172 mil alunos que procuraram o MEC para elucidar dúvidas.
O ministro separou os queixosos em três grupos: o militante, que se fazia passar por aluno, o que não entendeu o processo e o que foi mal na prova. Quer dizer: depois de atazanar, o doutor ofende a clientela: quem não é picareta ideológico, é desinformado ou ignorante. Para usar um vocábulo da predileção do ministro: Imprecionante!
As duas características mais funestas num administrador público são a incompetência e a prepotência. O Brasil já teve muitos administradores incompetentes e inúmeros gestores prepotentes. O que faz de Weintraub um ministro peculiar é que ele conseguiu reunir os dois flagelos numa mesma pessoa.
Um acerto raramente pode ser melhorado. Mas Weintraub conseguiu roçar a perfeição ao provar no Senado que um erro tem sempre a possibilidade de ser mais errado.
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