Governo carnavalizou as reformas pós-Previdência
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Às vésperas do Carnaval, o governo de Jair Bolsonaro leva à Avenida um desfile confuso. O enredo das reformas, que começou a ser ensaiado ainda nos barracões da campanha eleitoral, ficou desconexo.
Terceirizaram-se os figurinos. Depois de trocar o adereço da CPMF por uma reforma tributária com trajes típicos do Legislativo, o governo ameaça vestir a ala da reforma administrativa com fantasias da escola da Câmara.
Para complicar, o samba tem dois puxadores que não se entendem. O toque de caixa de Paulo Guedes não orna com ritmo cadenciado de Jair Bolsonaro. Em vez de acertar o passo, Guedes atravessou no refrão o ruído dos "parasitas".
Utilizando como pretexto o bumbo que convulsionou as ruas do Chile, Bolsonaro brecou a reforma administrativa que seria enviada ao Congresso em novembro do ano passado. A coisa seguiria no início do ano. Nada. Nesta semana. Nem sinal.
De repente, o Planalto apaixonou-se pela ideia de encampar projeto que já tramita na Câmara. O sentimento revelou-se platônico. Líderes partidários farejaram na prosa um aroma de esperteza. Bolsonaro quer brigar por reformas que melhoram o seu mandato com punhos alheios.
Na briga com os servidores, os parlamentares entrariam com a cara. Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, esclareceu que prefere que o governo percorra a avenida com as suas próprias pernas.
O senador Fernando Bezerra, líder de Bolsonaro no Senado, deu a entender que a ficha do Planalto caiu. "Minha expectativa é que a PEC [sobre reforma administrativa] seja enviada até a próxima semana".
Cética, a arquibancada se divide. Uma parte pergunta: "Será?" Outro parte ironiza: Conta outra."
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