Sob Bolsonaro, MEC produziu crises e vexames
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Na política, como na vida, o futuro é condicionado por uma tríade implacável: a morte, o erro e o imprevisto. Seria precipitado dizer que o projeto de Bolsonaro está morto. Mas o presidente produz uma série de erros que revelam uma certa vocação para o suicídio político. Para complicar, sobreveio o imprevisto da pandemia, que subverte todas as certezas. Nesse contexto, o descalabro da Educação vem sendo tratado como secundário. Se o caso do ministro da Educação que virou "ex" antes de tomar posse serve para alguma coisa é para lembrar que a estratégica área educacional vem sendo tratada por Bolsonaro de maneira inaceitável.
Em um ano e meio de governo, Bolsonaro produziu no MEC crises e vexames. Ganha uma dose de vacina contra o coronavírus quem for capaz de mencionar de memória uma mísera ideia que o governo tenha levado à vitrine para melhorar a qualidade da Educação no Brasil. Nessa área, como em muitas outras, o que se vê é um imenso pastel ideológico de vento.
Imaginou-se que a escolha do Carlos Alberto Decotelli representaria um ponto fora da curva da insanidade ideológica. Mas a ilusão durou pouco. Por uma trapaça da sorte, no instante em que Bolsonaro resolveu escolher alguém pela densidade do currículo, descobriu-se que os títulos do mestre, doutor e pós-doutor eram fakes. Manter a nomeação seria levar o escárnio às fronteiras do paroxismo.
Depois que Bolsonaro encarou com naturalidade a passagem da piada Velez Rodrigues e do descalabro Abraham Weintraub pelo MEC, a plateia aguardava pelo sinal de que o fim, ou pelo menos o indício terminal que manteria a Educação no abismo, estivesse próximo. Aguardava-se o fato que levaria o país a exclamar: "Não é possível!" O alarme, finalmente, soou. De agora em diante, tudo é epílogo para o governo Bolsonaro na área da Educação. Se o presidente tiver juízo, ele injeta meio quilo de ideias nesse epílogo.
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